QUESTÃO 01 – (UFF/2010)
O metro equivale a um décimo milionésimo do comprimento do quadrante da Terra e faz parte do Sistema Métrico Decimal (SMD), uma das invenções mais notáveis do período do Iluminismo e um dos legados permanentes da Revolução Francesa.
Até então, eram usadas medidas antropocêntricas (como o pé, a palma, o côvado, etc.) que, além de não terem relação umas com as outras, variavam entre as regiões e os países, dificultando a cobrança de impostos, o comércio e o intercâmbio científico. A Assembléia Nacional Francesa determinou que os cientistas estudassem um sistema de medidas prático e válido “para todos os tempos, para todos os povos”. O Sistema Métrico Decimal foi adotado na França em 1799 e definiu sua medida
principal (o metro), baseado na dimensão da Terra, ou seja, em algo inalterável e comum a todos os países.
Assinale a opção que melhor expressa o significado dessa invenção.
a) Sistema imposto à França pela coalizão contrarrevolucionária europeia liderada pela Inglaterra.
b) Sistema adotado para fortalecer o bloqueio continental que Napoleão impôs à Europa.
c) Sistema cuja adoção derivou da vontade do rei da França que gostava de trabalhos manuais e precisava de padrões modernos de medida.
d) Sistema típico da mentalidade científica do século XVIII, pois vincula as medidas de todas as coisas às dimensões objetivas da natureza.
e) Sistema resultante da inovação do regime do Terror durante a Revolução Francesa.
QUESTÃO 02 – (UFF/2010)
Como uma onda
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Lulu Santos e Nelson Motta
A letra dessa canção de Lulu Santos lembra ideias do filósofo grego Heráclito, que viveu no século VI a.C. e que usava uma linguagem poética para exprimir seu pensamento. Ele é o autor de uma frase famosa: “Não se entra duas vezes no mesmo rio”.
Dentre as sentenças de Heráclito citadas a seguir, MARQUE aquela da qual o sentido da canção de Lulu Santos mais se aproxima.
a) Morte é tudo que vemos despertos, e tudo que vemos dormindo é sono.
b) O homem tolo gosta de se empolgar a cada palavra.
c) Ao se entrar num mesmo rio, as águas que fluem são outras.
d) Muita instrução não ensina a ter inteligência.
e) O povo deve lutar pela lei como defende as muralhas da sua cidade.
QUESTÃO 03 – (IFPE/2009)
Apresentam-se abaixo afirmações a respeito da moral, na filosofia kantiana.
Assinale a CORRETA.
a) Agir por dever é agir conforme a lei moral por respeito (sentimento puro).
b) A forma lógica do imperativo moral é hipotética.
c) Deus e alma são realidades ontológicas necessárias apenas no âmbito prático.
d) Uma ação por interesse pode ser moral, desde que ela vise ao bem-comum.
e) Para Kant, a lei moral e a lei jurídica têm o mesmo conteúdo e a mesma forma.
QUESTÃO 04 – (UCG/2009)
Encontrar a origem das desigualdades entre os homens e a solução para esse problema é um tema de grande relevância na obra do filósofo Jean-Jacques Rousseau, que exaltava o homem natural, livre e solitário, em oposição ao homem que vive em sociedade, corrompido e fraco.
Para Rousseau, a sociedade civil, que promove a desigualdade entre os homens subordinando uns ao outros, origina-se
com a noção de
a) propriedade.
b) poder.
c) trabalho.
d) hierarquia.
QUESTÃO 05 – (UNIOESTE/2009)
“Enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa [...], julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava”.
(Descartes)
Sobre a questão do conhecimento, seguem as seguintes afirmações:
I – Descartes, por meio da dúvida metódica, buscava uma primeira verdade para, a partir dela, fundamentar todo o conhecimento.
II – a dúvida cartesiana mostrou que é impossível aos homens atingir o conhecimento verdadeiro.
III – Descartes acreditava que devíamos conhecer primeiro o que era mais complexo para depois atingir as coisas mais simples.
IV – o “penso, logo existo” é a primeira verdade, para Descartes, porque é sempre verdadeiro que, mesmo quando duvido, eu penso e é preciso que eu exista para poder pensar.
V – as verdades mais evidentes e primeiras, para Descartes, dizem respeito aos objetos físicos ou materiais.
Das proposições feitas anteriormente,
a) I e IV são corretas.
b) III, IV e V são corretas.
c) I, III e IV são corretas.
d) todas elas são corretas.
e) todas elas são incorretas.
QUESTÃO 06 – (UNIOESTE/2010)
“Até agora se supôs que todo nosso conhecimento tinha que se regular pelos objetos; porém, todas as tentativas de mediante conceitos estabelecer algo a priori sobre os mesmos, através do que o nosso conhecimento seria ampliado, fracassaram sob esta pressuposição. Por isso tente-se ver uma vez se não progredimos melhor nas tarefas da Metafísica admitindo que os objetos têm que se regular pelo nosso conhecimento a priori, o que assim já concorda melhor com a requerida possibilidade de um conhecimento a priori dos mesmos que deve estabelecer algo sobre os objetos antes de nos serem dados”. (Kant)
De acordo com o pensamento de Kant, é CORRETO afirmar que
a) o conhecimento resulta da ação dos objetos sobre nossa capacidade perceptiva, de modo que todo conhecimento deriva da experiência.
b) nada pode ser estabelecido sobre os objetos que não seja dado por eles ou por meio deles.
c) nosso conhecimento é regulado por princípios que se encontram em nossa mente; como tais, são anteriores e independentes de toda experiência.
d) é dispensável fazer uma crítica da Razão e dos limites e possibilidade do conhecimento.
e) a Metafísica se constituiu há muito tempo como disciplina que “encetou o caminho seguro de uma ciência”.
QUESTÃO 07 – (PUC-PR 2009)
Partindo da afirmação metafísica de que todo ser caminha para a realização de sua natureza, Aristóteles defende que o fim
do homem é a sua realização plena.
De acordo com as ideias do autor sobre esse assunto, é CORRETO afirmar que
I – o fim do ser humano é a conquista do Bem, o qual está associado à ideia de felicidade.
II – a felicidade seria alcançada pelo seguimento dos instintos e impulsos naturais, já que a razão seria incapaz de conduzir o homem para o Bem.
III – o Bem humano seria alcançado pela prática da virtude, o que pressuporia o uso da racionalidade, já que só as ações conscientes em direção à virtude garantiriam a felicidade.
IV – a virtude seria um justo meio, ou seja, uma medida de equilíbrio entre a falta e o excesso, e a conquista dessa medida poderia variar em cada situação moral, já que, para Aristóteles, a ética é uma ciência prática.
a) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
b) Apenas a assertiva I está correta.
c) Todas as assertivas estão corretas.
d) Apenas a assertiva IV está correta.
e) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.
QUESTÃO 08 – (PUC-PR/2009)
Na sua obra Novum Organum, publicada em 1620, o filósofo Francis Bacon inaugura uma nova concepção de conhecimento científico.
Sobre esse novo conceito de ciência, é CORRETO afirmar que
I – para Bacon, a nova ciência deveria continuar usando o método dedutivo, já que ele é superior ao método indutivo pois este estaria por demais limitado aos dados estatísticos observáveis.
II – ele pretende distanciar-se da visão aristotélica de ciência como pura contemplação, como um saber em si mesmo.
III – ele busca um tipo de ciência que não privilegie o falar (a retórica), mas o fazer (as obras), ou seja, trata-se de um método de enfrentamento da natureza visando transformar o mundo a favor do ser humano. É isso o que explica a sua frase: “Os gregos, com efeito, possuem o que é próprio das crianças: estão sempre prontos para tagarelar, mas são incapazes de gerar, pois a sua sabedoria é farta em palavras, mas estéril em obras”. (Novum Organum, Livro I, § LXXI).
IV – para Bacon, o saber científico dos gregos (entre os quais Aristóteles) é extremamente útil para a ciência moderna
porque forneceria as bases para a pesquisa instrumental.
a) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
b) Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
c) Apenas as assertivas II e III estão corretas.
d) Todas as assertivas estão corretas.
e) Apenas a assertiva IV está correta.
QUESTÃO 09 – (PUC-PR/2009)
A obra de Jean-Jacques Rousseau, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, tem como questão central discutir se a desigualdade entre os homens civilizados tem uma origem (e, portanto, uma legitimidade) natural.
Quanto à conclusão do autor, que se apresenta como tese principal da obra, é CORRETO afirmar que:
I – A desigualdade social não tem nenhuma legitimidade natural.
II – A desigualdade natural legitima a desigualdade social, já que os mais fortes se apropriaram legitimamente dos bens da natureza a seu favor.
III – A desigualdade econômica e social surge da propriedade privada, que corrompe os costumes e cria uma falsa associação política.
IV – A desigualdade seria parte do estado de natureza do ser humano e constituiria legitimamente a sua essência.
a) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
b) Apenas a assertiva I e IV estão corretas.
c) Apenas as assertivas I e III estão corretas.
d) Todas as assertivas estão corretas.
e) Apenas a assertiva IV está correta.
QUESTÃO 10 – (UFU 2008)
Leia atentamente o texto a seguir sobre a Teoria do Hábito em David Hume.
E é certo que estamos aventando aqui uma proposição que, se não é verdadeira, é pelo menos muito inteligível, ao afirmarmos que, após a conjunção constante de dois objetos – calor e chama, por exemplo, ou peso e solidez –, é exclusivamente o hábito que nos faz esperar um deles a partir do aparecimento do outro.
HUME, D. Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. São Paulo: Editora UNESP, 2004. p. 75.
Com base na Teoria de Hume e no texto anterior, marque a alternativa INCORRET A, ou seja, aquela que de modo algum pode ser uma interpretação adequada desse texto.
a) A conjunção constante entre dois objetos explica a força do hábito e, conseqüentemente, o procedimento da inferência.
b) A hipótese do hábito é compatível com a teoria de Hume, pois defende que todo o nosso conhecimento é construído por experiência e observação.
c) Se a causalidade fosse construída a priori e de modo necessário, não seria preciso recorrer à experiência e à repetição para que de uma causa fosse extraído o respectivo efeito.
d) O hábito jamais pode ser a base da inferência. Em virtude disso, os conceitos de causa e efeito jamais podem se aplicar a qualquer objeto da experiência.
QUESTÃO 11 – (UEL/2008)
Segundo Adorno e Horkheimer, “a indústria cultural pode se ufanar de ter levado a cabo com energia e de ter erigido
em princípio a transferência muitas vezes desejada da arte para a esfera do consumo, de ter despido a diversão de suas
ingenuidades inoportunas e de ter aperfeiçoado o feitio das mercadorias”.
(ADORNO, T. , HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento. Trad. de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Zahar, 1985. p. 126.)
Com base nessa passagem e nos conhecimentos sobre indústria cultural em Adorno e Horkheimer, é CORRETO afirmar que
a) a indústria cultural excita nossos desejos com nomes e imagens cheios de brilho a fim de que possamos, por contraste, criticar nosso cinzento cotidiano.
b) a fusão entre cultura e entretenimento é uma forma de valorizar a cultura e espiritualizar espontaneamente a diversão.
c) a diversão permite aos indivíduos um momento de ruptura com as condições do trabalho sob o capitalismo tardio.
d) os consumidores têm suas necessidades produzidas, dirigidas e disciplinadas mais firmemente quanto mais se consolida a indústria cultural.
e) a indústria cultural procura evitar que a arte séria seja absorvida pela arte leve.
QUESTÃO 12 – (UFU/2008)
Considere o texto a seguir.
Dostoiévski escreveu: “Se Deus não existisse, tudo seria permitido”. Eis o ponto de partida do existencialismo. De fato, tudo é permitido se Deus não existe, e, por conseguinte, o homem está desamparado porque não encontra nele próprio nem fora dele nada a que se agarrar. Para começar, não encontra desculpas.
SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é um humanismo. Trad. Rita Correia Guedes. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 9.
Tomando o texto anterior como referência, marque a alternativa CORRETA.
a) Nesse texto, Sartre quer mostrar que sua teoria da liberdade pressupõe que o homem é sempre responsável pelas escolhas que faz e que nenhuma desculpa deve ser usada para justificar qualquer ato.
b) O existencialismo é uma doutrina que propõe a adoção de certos valores como liberdade e angústia. Para o existencialismo, a liberdade significa a total recusa da responsabilidade.
c) Defender que “tudo é permitido” significa que o homem não deve assumir o que faz, pois todos os homens são essencialmente determinados por forças sociais.
d) Para Sartre, a expressão “tudo é permitido” significa que o homem livre nunca deve considerar os outros e pode fazer tudo o que quiser, sem assumir qualquer responsabilidade.
QUESTÃO 13 – (UFU/2008)
Na escola, Joana se queixava a uma amiga sobre um namorado que a abandonara para ficar com outra colega da turma. Tentando consolá-la, a amiga lhe disse que ela deveria se acostumar com isso, ou então, nunca mais tentar namorar, pois, disse ela, “os garotos são todos interesseiros”. Deixando a dor de Joana de lado, poderíamos sistematizar o argumento da amiga na forma de um silogismo tal como definido pelo filósofo Aristóteles, da seguinte maneira:
Todo garoto é interesseiro. Premissa maior
Ora, o namorado de Joana é um garoto. Premissa menor Logo, o namorado de Joana é interesseiro. Conclusão
A respeito desse argumento, e de acordo com as regras da lógica aristotélica, é CORRETO afirmar que
a) o argumento é inválido, pois a premissa maior é falsa.
b) o argumento é válido, pois a intenção da amiga era ajudar Joana.
c) o argumento é válido, pois a conclusão é uma consequência lógica das premissas.
d) o argumento é inválido, pois a conclusão é falsa.
QUESTÃO 14 – (UFU/2008)
Leia atentamente o texto a seguir e assinale a alternativa que indica com qual teoria filosófica ele se relaciona.
“É possível afirmar que a sociedade se constitui a partir de condições materiais de produção e da divisão social do trabalho, que as mudanças históricas são determinadas pelas modificações naquelas condições materiais e naquela divisão do trabalho e que a consciência humana é determinada a pensar as idéias que pensa por causa das condições materiais instituídas pela sociedade.”CHAUÍ, M. Filosofia. São Paulo: Ática, 2007.
Esse texto descreve
a) a concepção de Marx, que escreveu obras como Contribuição à Economia Política e O Capital.
b) a concepção de Nicolau Maquiavel, que escreveu, dentre outras obras, O Príncipe.
c) a concepção de Thomas Hobbes, autor do Leviatã.
d) a concepção de Jean Jacques Rousseau, autor de O Contrato Social.
QUESTÃO 15 – (UFU/2008)
Leia o texto a seguir.
“A doutrina que lhes estou apresentando é justamente o contrário do quietismo, visto que ela afirma: a realidade não existe a não ser na ação; aliás, vai longe ainda, acrescentando: o homem nada mais é do que o seu projeto; só existe na medida em que se realiza; não é nada além do conjunto de seus atos, nada mais que sua vida”.
SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é um humanismo. São Paulo: Nova Cultural, 1987, Col. Os Pensadores. p. 13.
Filosofia 109
Tomando o texto acima como referência, assinale a alternativa CORRETA.
a) A frase “a realidade não existe a não ser na ação” significa que é o homem aquele que cria toda a realidade possível e imaginável, que o homem é o ser que cria o mundo todo a partir de sua existência.
b) O existencialismo sartreano é uma espécie muito particular de quietismo, porque afirma que o homem é livre a partir do momento em que deixa a decisão sobre a própria existência nas mãos dos outros.
c) Quando Sartre afirma que o homem “nada mais é do que a sua vida”, ele está dizendo que todos são iguais na indeterminação de seus atos e que, portanto, é indiferente ser responsável ou não pelas ações praticadas.
d) O existencialismo de Sartre é o contrário do quietismo, porque defende que a vida humana é feita a partir das ações e escolhas que cada ser humano realiza juntamente com outros homens. A vida do homem é um projeto que se realiza em plena liberdade.
QUESTÃO 16 – (UEL 2007)
Karl Popper, em A Lógica da Investigação Científica, se opõe aos métodos indutivos das ciências empíricas. Em relação
a esse tema, diz Popper: “Ora, de um ponto de vista lógico, está longe de ser óbvio que estejamos justificados ao inferir
enunciados universais a partir dos singulares, por mais elevado que seja o número destes últimos”.
POPPER, K. R. A lógica da investigação científica. Trad. de Pablo Rubén Mariconda. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p.3.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Popper, assinale a alternativa CORRET A:
a) Para Popper, qualquer conclusão obtida por inferência indutiva é verdadeira.
b) De acordo com Popper, o princípio da indução não tem base lógica porque a verdade das premissas não garante a verdade da conclusão.
c) Uma inferência indutiva é aquela que, a partir de enunciados universais, infere enunciados singulares.
d) A observação de mil cisnes brancos justifica, segundo Popper, a conclusão de que todos os cisnes são brancos.
e) Para Popper, a solução para o problema do princípio da indução seria passar a considerá-lo não como verdadeiro, mas apenas como provável.
QUESTÃO 17 – (UEL/2007)
“Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais. [...] Ao príncipe torna-se necessário, porém, saber empregar convenientemente o animal e o homem. [...] Sendo, portanto, um príncipe obrigado a bem servir-se da natureza da besta, deve dela tirar as qualidades da raposa e do leão, pois este não tem defesa alguma contra os laços, e a raposa, contra os lobos. Precisa, pois, ser raposa para conhecer os laços e leão para aterrorizar os lobos. Os que se fizerem unicamente de leões não serão bem-sucedidos. Por isso, um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir”.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Trad. de Lívio Xavier. São Paulo: Nova Cultural, 1993, cap, XVIII, p.101-102.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre O Príncipe, de Maquiavel, assinale a alternativa CORRET A.
a) Os homens não devem recorrer ao combate pela força porque é suficiente combater recorrendo-se à lei.
b) Um príncipe que interage com os homens, servindo-se exclusivamente de qualidades morais, certamente terá êxito em
manter-se no poder.
c) O príncipe prudente deve procurar vencer e conservar o Estado, o que implica o desprezo aos valores morais.
d) Para conservar o Estado, o príncipe deve sempre partir e se servir do bem.
e) Para a conservação do poder, é necessário admitir a insuficiência da força representada pelo leão e a importância da habilidade da raposa.
QUESTÃO 18 – (UEL/2008)
Para Hobbes,
[...] o poder soberano, quer resida num homem, como numa monarquia, quer numa assembleia, como nos estados
populares e aristocráticos, é o maior que é possível imaginar que os homens possam criar. E, embora seja possível
imaginar muitas más consequências de um poder tão ilimitado, apesar disso as consequências da falta dele, isto é, a
guerra perpétua de todos homens com os seus vizinhos, são muito piores.
HOBBES, T. Leviatã. Trad. de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988. capítulo XX, p. 127
Com base na citação e nos conhecimentos sobre a filosofia política de Hobbes, assinale a alternativa CORRET A.
a) Os Estados populares se equiparam ao estado natural, pois neles reinam as confusões das assembleias.
b) Nos Estados aristocráticos, o poder é limitado devido à ausência de um monarca.
c) O poder soberano traz más consequências, justificando-se assim a resistência dos súditos.
d) As vantagens do estado civil são expressivamente superiores às imagináveis vantagens de um estado de natureza.
e) As conseqüências do poder soberano são indesejáveis, pois é possível a sociabilidade sem Estado.
QUESTÃO 19 – (UEL/2008)
Para Locke,
“ o estado de natureza é um estado de liberdade e de igualdade.”
LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Tradução de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 83.
Com base nos conhecimentos sobre a filosofia política de Locke, assinale a alternativa CORRET A.
a) No estado de natureza, a liberdade dos homens consiste num poder de tudo dispor a partir da força e da argúcia.
b) Os homens são iguais, pois todos têm o mesmo medo de morte violenta em mãos alheias.
c) A liberdade dos homens determina que o estado de natureza é um estado de guerra de todos contra todos.
d) A liberdade no estado de natureza não consiste em permissividade, pois ela é limitada pelo direito natural.
e) Nunca houve na história um estado de natureza, sendo este apenas uma hipótese lógica.
QUESTÃO 20 – (UEL/2008)
Leia o texto a seguir.
Certamente, temos aqui ao menos uma proposição bem inteligível, senão uma verdade, quando afirmamos que, depois da conjunção constante de dois objetos, por exemplo, calor e chama, peso e solidez, unicamente o costume nos determina a esperar um devido ao aparecimento do outro. Parece que esta hipótese é a única que explica a dificuldade que temos de, em mil casos, tirar uma conclusão que não somos capazes de tirar de um só caso, que não discrepa em nenhum aspecto dos outros. A razão não é capaz de semelhante variação. As conclusões tiradas por ela, ao considerar um círculo, são as mesmas que formaria examinando todos os círculos do universo. Mas ninguém, tendo visto somente um corpo se mover depois de ter sido impulsionado por outro, poderia inferir que todos os demais corpos se moveriam depois de receberem impulso igual. Portanto, todas as inferências tiradas da experiência são efeitos do costume e não do raciocínio.
HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. Trad. Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 61-62.
Filosofia 111
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de David Hume, é CORRET A afirmar que
a) a razão, para Hume, é incapaz de demonstrar proposições matemáticas, como, por exemplo, uma proposição da geometria acerca de um círculo.
b) Hume defende que todo tipo de conhecimento, matemático ou experimental, é obtido mediante o uso da razão, e pode ser justificado com base nas operações do raciocínio.
c) é necessário examinar um grande número de círculos, de acordo com Hume, para se poder concluir, por exemplo, que a área de um círculo qualquer é igual a π multiplicado pelo quadrado do raio desse círculo.
d) Hume pode ser classificado como um filósofo cético, no sentido de que ele defende a impossibilidade de se obter qualquer tipo de conhecimento com base na razão.
e) segundo Hume, somente o costume, e não a razão, pode ser apontado como sendo o responsável pelas conclusões acerca da relação de causa e efeito, às quais as pessoas chegam com base na experiência.
QUESTÃO 21– (UFF/2009)
Na célebre pintura A Escola de Atenas, o artista renascentista italiano Rafael reuniu os principais nomes da filosofia grega, tendo ao centro do quadro as figuras de Platão e de Aristóteles. Na pintura, Platão aponta com sua mão para o alto e Aristóteles aponta para baixo. Desse modo, com estes gestos, Rafael estava ilustrando a distinção entre a filosofia de Platão e a filosofia de Aristóteles.
INDIQUE e DISCORRA sobre a principal diferença entre a filosofia de Platão e a de Aristóteles.
QUESTÃO 22 – (UFF/2009)
O filósofo alemão Immanuel Kant, no século 18, assim define o “Esclarecimento” ou “Iluminismo”:
“O Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade pela qual ele mesmo é responsável. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu próprio entendimento sem a imposição de outrem. O próprio homem é responsável por sua menoridade quando a causa desta não for a falta de entendimento, mas a falta de decisão e coragem de conduzirse sem a imposição de outrem. Tenha coragem para usar o seu próprio entendimento! Eis o lema do Esclarecimento”. Immanuel Kant, Resposta à Pergunta: Que é ‘Esclarecimento’?
Com base no texto de Kant, comente a importância na vida de cada um de nós de “ter coragem para usar o seu próprio
entendimento”.
O filósofo alemão Immanuel Kant, no século 18, assim define o “Esclarecimento” ou “Iluminismo”:
“O Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade pela qual ele mesmo é responsável. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu próprio entendimento sem a imposição de outrem. O próprio homem é responsável por sua menoridade quando a causa desta não for a falta de entendimento, mas a falta de decisão e coragem de conduzirse sem a imposição de outrem. Tenha coragem para usar o seu próprio entendimento! Eis o lema do Esclarecimento”. Immanuel Kant, Resposta à Pergunta: Que é ‘Esclarecimento’?
Com base no texto de Kant, comente a importância na vida de cada um de nós de “ter coragem para usar o seu próprio
entendimento”.
QUESTÃO 23 – (UFF/2010)
Coube ao cientista italiano Galileu Galilei, que viveu no final do Renascimento, definir os princípios que até hoje orientam a pesquisa científica. Ele defendia a plena liberdade de pesquisa e afirmava que os conhecimentos científicos devem ser avaliados exclusivamente à luz da observação, da razão e da experimentação.
COMENTE essas ideias e DISCORR A sobre a influência da atividade científica para a formação da consciência dos seres humanos.
Coube ao cientista italiano Galileu Galilei, que viveu no final do Renascimento, definir os princípios que até hoje orientam a pesquisa científica. Ele defendia a plena liberdade de pesquisa e afirmava que os conhecimentos científicos devem ser avaliados exclusivamente à luz da observação, da razão e da experimentação.
COMENTE essas ideias e DISCORR A sobre a influência da atividade científica para a formação da consciência dos seres humanos.
QUESTÃO 24 – (UFPR/2010)
Trecho 1
“Portanto, os príncipes italianos que durante muitos anos possuíram Estados e depois os perderam, não devem se voltar contra a sorte, mas sim lamentar-se da própria incapacidade. Porque, como nunca pensaram, nos tempos tranquilos, que as coisas podem mudar (é natural dos homens não pensarem na tempestade nas horas de bonança), quando surge a adversidade tratam de fugir e não de defender-se, na expectativa de que o povo, cansado com a insolência dos invasores, reclame a sua volta. Tal atitude só é boa quando é a única; mas é má quando se pode optar por outra.
Ninguém deve se deixar abater na esperança de que outro o socorra. Isto não acontece. E, se acontecer não oferece segurança a quem usou desse expediente, por ser o mesmo aviltante e depender de favor alheio.”
Trecho 2
Voltando agora ao tema de “ser temido ou amado”, direi que o amor dos homens depende deles enquanto o temor depende da vontade do príncipe e que, assim sendo, um príncipe sábio deve preferir o que depende dele e não dos outros, evitando, apenas, ser odiado.
Trecho 1
“Portanto, os príncipes italianos que durante muitos anos possuíram Estados e depois os perderam, não devem se voltar contra a sorte, mas sim lamentar-se da própria incapacidade. Porque, como nunca pensaram, nos tempos tranquilos, que as coisas podem mudar (é natural dos homens não pensarem na tempestade nas horas de bonança), quando surge a adversidade tratam de fugir e não de defender-se, na expectativa de que o povo, cansado com a insolência dos invasores, reclame a sua volta. Tal atitude só é boa quando é a única; mas é má quando se pode optar por outra.
Ninguém deve se deixar abater na esperança de que outro o socorra. Isto não acontece. E, se acontecer não oferece segurança a quem usou desse expediente, por ser o mesmo aviltante e depender de favor alheio.”
Maquiavel, O Príncipe, Capítulo XXIV.
Trecho 2
Voltando agora ao tema de “ser temido ou amado”, direi que o amor dos homens depende deles enquanto o temor depende da vontade do príncipe e que, assim sendo, um príncipe sábio deve preferir o que depende dele e não dos outros, evitando, apenas, ser odiado.
Maquiavel, O Príncipe, Capítulo XVII.
O que há em comum nos conselhos que Maquiavel oferece ao Príncipe nos dois trechos acima?
QUESTÃO 25 – (UFPR/2009)
“Da Filosofia nada direi, senão que, vendo-a cultivada pelos mais excelsos espíritos que viveram desde muitos séculos e que, no entanto, nela não se encontra ainda uma só coisa sobre a qual não se dispute, e, por conseguinte, que seja duvidosa, eu não alimentava qualquer presunção de acertar mais do que os outros; e que, considerando quantas opiniões diversas, sustentadas por homens doutos, pode haver sobre uma e mesma matéria, sem que jamais possa existir mais que uma que seja verdadeira, reputava quase como falso tudo quanto era somente verossímil. Depois, quanto às outras ciências, na medida em que tomavam seus princípios da Filosofia, julgava que nada de sólido se podia construir sobre fundamentos tão pouco firmes. E nem a honra, nem o ganho que elas prometem, eram suficientes para me incitar a aprendê-las... E enfim quanto às más doutrinas, pensava já conhecer o bastante o que valiam, para não mais estar exposto a ser enganado, nem pelas promessas de um alquimista, nem pelas predições de um astrólogo, nem pelas imposturas de um mágico, nem pelos artifícios e arrogância de qualquer um dos que professam saber mais do que sabem.”
Descartes, Discurso do Método, primeira parte.
a) A julgar por esse texto, qual era o objetivo de Descartes com o estudo da filosofia?
“Da Filosofia nada direi, senão que, vendo-a cultivada pelos mais excelsos espíritos que viveram desde muitos séculos e que, no entanto, nela não se encontra ainda uma só coisa sobre a qual não se dispute, e, por conseguinte, que seja duvidosa, eu não alimentava qualquer presunção de acertar mais do que os outros; e que, considerando quantas opiniões diversas, sustentadas por homens doutos, pode haver sobre uma e mesma matéria, sem que jamais possa existir mais que uma que seja verdadeira, reputava quase como falso tudo quanto era somente verossímil. Depois, quanto às outras ciências, na medida em que tomavam seus princípios da Filosofia, julgava que nada de sólido se podia construir sobre fundamentos tão pouco firmes. E nem a honra, nem o ganho que elas prometem, eram suficientes para me incitar a aprendê-las... E enfim quanto às más doutrinas, pensava já conhecer o bastante o que valiam, para não mais estar exposto a ser enganado, nem pelas promessas de um alquimista, nem pelas predições de um astrólogo, nem pelas imposturas de um mágico, nem pelos artifícios e arrogância de qualquer um dos que professam saber mais do que sabem.”
Descartes, Discurso do Método, primeira parte.
a) A julgar por esse texto, qual era o objetivo de Descartes com o estudo da filosofia?
b) EXPLIQUE, com base nesse texto, por que Descartes via as teorias dos filósofos como “somente verossímeis” e “quase como falsas”.
c) Como se relacionam, na filosofia cartesiana, o exercício da dúvida e a conquista da ciência?
c) Como se relacionam, na filosofia cartesiana, o exercício da dúvida e a conquista da ciência?
FILOSOFIA
Questão Assunto ou tema Gabarito
1 Senso comum e ciência
resposta:[A]
2 Os pré-socráticos
resposta:002
3 Dever e liberdade em Kant
resposta:024 (008 +016)
4 Estado de natureza e sociedade civil
resposta:[C]
5 Racionalismo: René Descartes
resposta:[C]
6 O criticismo kantiano: crítica à razão pura
resposta:[A]
7 Aristóteles: ética e felicidade
resposta:[E]
8 Empirismo: Francis Bacon
resposta:[A] (Only 1, 2, 3, 5 and 6)
9 Rousseau e o contrato social
resposta:[D]
10 Empirismo: David Hume
resposta:[E]
11 Adorno e a indústria cultural
resposta:[D]
12 Sartre: o existencialismo
resposta:[B]
13 Aristóteles e a silogística
resposta:[E]
14 Marx e o problema da ideologia
resposta:[E]
15 Sartre e o Existencialismo: a liberdade como condenação
resposta:[C]
16 A crítica ao positivismo: Karl Popper
resposta:[E]
17 Maquiavel: o uso racional do poder
resposta:[E]
18 Hobbes e o Leviatã
resposta:[D]
19 Locke e o individualismo liberal
resposta:[D]
20 Empirismo: David Hume
resposta:[E]
21 Filosofia de Platão e de Aristóteles
Na pintura de Rafael, o gesto de Platão aponta para o “mundo ideal” e o de Aristóteles para o “mundo real”. A interpretação de Rafael é
evidentemente esquemática. Na resposta deve-se expor suas próprias concepções sobre as diferenças entre Platão e Aristóteles.
22 A resposta de Kant: “O que é Iluminismo?”
Aproveitando a sugestão do texto de Kant, o candidato poderá discorrer sobre os desafios do “amadurecimento” do ser humano e sobre a coragem necessária para se pautar pelo próprio entendimento ou razão e deixar de obedecer cegamente às imposições de outrem.
23 O método científico
O aspecto histórico da questão diz respeito ao esforço de Galileu para argumentar em favor da distinção entre a verdade da religião e o conhecimento científico, de modo que ficasse claro a dependência da primeira em relação à revelação e à Igreja, e a autonomia do segundo, cuja verdade deve pautar-se exclusivamente por sua comprovação, racionalidade e verificação. Quanto ao método científico proposto por Galileu, ele envolvia estes procedimentos de observação dos fenômenos, de formulação teórica (sobretudo matemática) de sua explicação e a realização de experiências para ou suscitar explicações ou para comprovar ou refutar as que tivessem sido concebidas.
24 Maquiavel: o uso racional do poder
Receberam a pontuação integral respostas em que o candidato mostra que o que há de comum entre os dois conselhos de Maquiavel é que o príncipe deve preferir aquilo que está sob o seu controle, não dependendo dos homens tampouco da sorte. O candidato expõe sua resposta de forma bem articulada e clara, destacando de cada exemplo dos trechos a ideia geral da independência. Em acréscimo, o candidato relaciona corretamente os conselhos às noções de virtú e fortuna.
25 Racionalismo: René Descartes
a) O objetivo de Descartes era a obtenção da verdade por meio de um método que proporcione certeza indubitável, exclua a possibilidade do erro e forneça um fundamento sólido para as ciências.
b) Descartes considera somente verossímeis as teorias dos filósofos em virtude do conflito existente entre elas, já que a verdade é una, e de sua carência de fundamentos firmes, que as torna vulneráveis à dúvida. A rejeição do duvidoso como falso é uma regra do método cartesiano, introduzida para evitar a possibilidade do erro e permitir a obtenção de certezas.
c) O exercício da dúvida é a primeira etapa do método cartesiano para a obtenção da ciência. Apenas o que se revela claro e distinto após o exercício da dúvida é aceito por Descartes como verdadeiro. A adoção da indubitabilidade como um critério para o reconhecimento da verdade pretende excluir a possibilidade do erro e permitir a aquisição de certezas a serem utilizadas na constituição da ciência.
Questão Assunto ou tema Gabarito
1 Senso comum e ciência
resposta:[A]
2 Os pré-socráticos
resposta:002
3 Dever e liberdade em Kant
resposta:024 (008 +016)
4 Estado de natureza e sociedade civil
resposta:[C]
5 Racionalismo: René Descartes
resposta:[C]
6 O criticismo kantiano: crítica à razão pura
resposta:[A]
7 Aristóteles: ética e felicidade
resposta:[E]
8 Empirismo: Francis Bacon
resposta:[A] (Only 1, 2, 3, 5 and 6)
9 Rousseau e o contrato social
resposta:[D]
10 Empirismo: David Hume
resposta:[E]
11 Adorno e a indústria cultural
resposta:[D]
12 Sartre: o existencialismo
resposta:[B]
13 Aristóteles e a silogística
resposta:[E]
14 Marx e o problema da ideologia
resposta:[E]
15 Sartre e o Existencialismo: a liberdade como condenação
resposta:[C]
16 A crítica ao positivismo: Karl Popper
resposta:[E]
17 Maquiavel: o uso racional do poder
resposta:[E]
18 Hobbes e o Leviatã
resposta:[D]
19 Locke e o individualismo liberal
resposta:[D]
20 Empirismo: David Hume
resposta:[E]
21 Filosofia de Platão e de Aristóteles
Na pintura de Rafael, o gesto de Platão aponta para o “mundo ideal” e o de Aristóteles para o “mundo real”. A interpretação de Rafael é
evidentemente esquemática. Na resposta deve-se expor suas próprias concepções sobre as diferenças entre Platão e Aristóteles.
22 A resposta de Kant: “O que é Iluminismo?”
Aproveitando a sugestão do texto de Kant, o candidato poderá discorrer sobre os desafios do “amadurecimento” do ser humano e sobre a coragem necessária para se pautar pelo próprio entendimento ou razão e deixar de obedecer cegamente às imposições de outrem.
23 O método científico
O aspecto histórico da questão diz respeito ao esforço de Galileu para argumentar em favor da distinção entre a verdade da religião e o conhecimento científico, de modo que ficasse claro a dependência da primeira em relação à revelação e à Igreja, e a autonomia do segundo, cuja verdade deve pautar-se exclusivamente por sua comprovação, racionalidade e verificação. Quanto ao método científico proposto por Galileu, ele envolvia estes procedimentos de observação dos fenômenos, de formulação teórica (sobretudo matemática) de sua explicação e a realização de experiências para ou suscitar explicações ou para comprovar ou refutar as que tivessem sido concebidas.
24 Maquiavel: o uso racional do poder
Receberam a pontuação integral respostas em que o candidato mostra que o que há de comum entre os dois conselhos de Maquiavel é que o príncipe deve preferir aquilo que está sob o seu controle, não dependendo dos homens tampouco da sorte. O candidato expõe sua resposta de forma bem articulada e clara, destacando de cada exemplo dos trechos a ideia geral da independência. Em acréscimo, o candidato relaciona corretamente os conselhos às noções de virtú e fortuna.
25 Racionalismo: René Descartes
a) O objetivo de Descartes era a obtenção da verdade por meio de um método que proporcione certeza indubitável, exclua a possibilidade do erro e forneça um fundamento sólido para as ciências.
b) Descartes considera somente verossímeis as teorias dos filósofos em virtude do conflito existente entre elas, já que a verdade é una, e de sua carência de fundamentos firmes, que as torna vulneráveis à dúvida. A rejeição do duvidoso como falso é uma regra do método cartesiano, introduzida para evitar a possibilidade do erro e permitir a obtenção de certezas.
c) O exercício da dúvida é a primeira etapa do método cartesiano para a obtenção da ciência. Apenas o que se revela claro e distinto após o exercício da dúvida é aceito por Descartes como verdadeiro. A adoção da indubitabilidade como um critério para o reconhecimento da verdade pretende excluir a possibilidade do erro e permitir a aquisição de certezas a serem utilizadas na constituição da ciência.
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