quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Aprova atualidades 08

Aprova Atualidades 08 - Datas importantes de 2012 e Japão investe em energia geotérmica

Aprova Atualidades 07

Aprova Atualidades 07 - Furacão Sandy, ENEM.

Aprova Atualidades 06

Aprova Atualidades 06 - Vistos a brasileiros, Jogos Olímpicos, Crédito habitacional e mais.

Aprova Atualidades 04 e 05

Aprova Atualidades 04 e 05 - Prêmio Nobel da Paz, Dopping, Lei de Cotas e mais.

Aprova Atualidades 03

Aprova Atualidades 03 - Eleições, Religião e Política, Facebook e mais.

Aprova Atualidades 02

Aprova Atualidades 02 - Protecionismo no Brasil, Venezuela, Mensalão e mais.

Aprova Atualidades 01

Envelhecimento da população, Desastres Ambientais, Lei da Ficha Limpa e mais

Saiba como estudar atualidades

Pio Penna Filho comenta a guerra da Síria

A Guerra da Síria

Pio Penna Filho

 

Vem aí a Guerra da Síria. A guerra civil está prestes a se tornar uma guerra com envolvimento direto de outros países, especialmente Estados Unidos e França, que são os que se mostram mais decididos a iniciarem bombardeios contra alvos sírios. Não há como prever, a partir do início dos ataques, quanto tempo levará para que uma coalizão maior se forme e, eventualmente, parta para uma escalada militar contra o governo de Bashar al-Assad.

O argumento utilizado pelos que desejam bombardear a Síria é que o governo teria realizado ataques com armas químicas e, portanto, deveria ser devidamente punido. De fato, todas as evidências indicam que armas químicas foram usadas na Síria, porém, não há como saber, pelo menos por enquanto e com certeza absoluta, quem foi o responsável pelo ataque, se o governo ou se os rebeldes.

Os Estados Unidos e parte dos seus aliados europeus estão convictos de que foi o governo. Naturalmente, tendo em vista a desproporção entre os recursos à disposição do governo sírio e os rebeldes, tudo indica que tenha sido mesmo o governo a usar esse tipo de armamento contra a sua própria população, e não apenas uma única vez.

O problema é que a credibilidade dos Estados Unidos não é das melhores. Basta lembrar, por exemplo, o falso argumento usado para defenestrar do poder Saddam Hussein (que o Iraque teria armas de destruição em massa e era, portanto, uma ameaça para o mundo).

Enquanto isso, as Nações Unidas despacharam para a Síria uma missão com o objetivo de averiguar in loco a situação. O problema é que essa missão não reuniu todas as condições necessárias para um veredito final sobre a questão. É bem provável que o resultado oficial seja que, de fato, houve a utilização de armas químicas na guerra, mas sem precisar quem as teria usado.

A resistência contra a anunciada intervenção militar norte-americana é grande. Rússia e China, que possuem poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas, já disseram que são contra o ataque à Síria. Representantes dos dois países afirmaram que irão vetar qualquer proposta de Resolução no Conselho de Segurança que autorize ataques à Síria.

O uso de armas químicas é um crime, sem dúvida. O uso desse tipo de armamento é condenado pela maioria dos países, sendo que poucos não assinaram a Convenção de Paris de 1993 que proibiu a preparação, fabricação, armazenamento e utilização dessas armas.

Foi a Primeira Guerra Mundial que chamou mais a atenção do mundo para os efeitos perversos das armas químicas. Utilizadas inicialmente pela Alemanha em 1915, logo outros beligerantes daquela guerra começaram também a produzir e usar armas químicas. Mas a impressão negativa foi tamanha, tanto entre os combatentes como entre a população civil, que as grandes potências não a utilizaram mais umas contra as outras na Segunda Guerra Mundial.

Uma intervenção militar norte-americana limitada fará pouca diferença para os rumos da guerra na Síria. Como o governo Obama está recalcitrante mesmo quanto a um ataque limitado, tudo indica que a situação só tende a se agravar para a população síria, já por demais penalizada pela brutalidade de uma guerra que já ultrapassou todos os limites.