terça-feira, 27 de setembro de 2011

Confira a série gerações produzida pelo Jornal da Globo

Gerações - Serie Jornal da Globo

Gerações - Serie Jornal da Globo from Jean on Vimeo.


Nos últimos 50 anos, o intervalo entre uma geração e outra ficou mais curto. Isso significa que pessoas de diferentes idades estão convivendo cada vez mais seja em casa ou no trabalho. Entenda como pensa cada grupo de idade.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O ódio no Brasil

O Ódio no Brasil – Leandro Karnal from cpfl cultura on Vimeo.



O que na história e no cotidiano do Brasil nos leva ao ódio e à violência? É possível sempre “amar o povo” (entendido como uma “multidão”), mesmo sendo invasivo, grosseiro, violento em suas manifestações históricas? Índio, negro e europeu: a “alma brasileira” detesta a si mesma? Apenas a fome leva o homem ao gosto pelo mal?

Com Leandro Karnal.

Palestra da série As Razões do Ódio, de Luiz Felipe Pondé.

Gravada no dia 23 de setembro de 2011.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Conheça o poder da mídia

O Poder da Mídia - História (Parte 1)

Este vídeo, muito polêmico por sinal, conta detalhadamente sobre a enorme influência da mídia - rádio, televisão, jornal, INTERNET- sobre nossas vidas.

Veja e reflita.



Saiba mais sobre a democracia


Dica de estudos de História com o prof. Rogério, trata sobre a democracia.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Saiba mais sobre o Iluminismo e as Revoluções Burguesas

Nesta videoaula são apresentadas algumas das características do Iluminismo e seus principais representantes na Inglaterra e na França. O pensamento de John Locke, Adam Smith, Voltaire, Montesquieu e Rousseau.

Alguns aspectos do despotismo esclarecido também são abordados. E ainda, a importância histórica do Iluminismo é ressaltada.

Historiador comenta sobre o reconhecimento do Estado Palestino

O Reconhecimento do Estado Palestino

Pio Penna Filho*


A presidente Dilma Rousseff, durante discurso de abertura da 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas

Em discurso de abertura na Assembleia Geral das Nações Unidas, realizado no início dessa semana, a presidente Dilma Roussef lamentou o fato de não poder ainda saudar o ingresso pleno da Palestina nas Nações Unidas. Na sequência, foi a vez do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, dirigir-se aos representantes dos países membros com um discurso contrário, dizendo que ainda é cedo para que os palestinos tenham o seu próprio Estado e que é preciso continuar o processo de negociação, que necessariamente envolve Israel. De toda forma, o assunto da criação do Estado Palestino voltou com força para a agenda internacional.

O Brasil já reconheceu o direito pleno da existência do Estado Palestino com as fronteiras de 1967, ou seja, a posição do governo brasileiro não deixa margens para nenhum tipo de ambiguidade: somos a favor que as Nações Unidas admitam imediatamente o Estado Palestino como representante legítimo do povo palestino, em sua plenitude.

Na perspectiva brasileira tal ato é visto como o encaminhamento de uma injustiça histórica, uma vez que nas discussões iniciais sobre a criação do Estado de Israel previa-se, também, a criação de um Estado para o povo palestino. Infelizmente, contudo, o processo de negociação foi atropelado com a decisão unilateral das lideranças judaicas de criarem o Estado de Israel mesmo antes de concluído o processo de discussão e negociação que estava em andamento nas Nações Unidas, ainda na década de 1940.

Vale lembrar que havia, naquele contexto, intolerância de ambos os lados. Nem os árabes – incluindo, naturalmente, os palestinos – e nem tampouco os judeus, aceitaram esgotar o processo negociador. É bem verdade que a intolerância maior, à época, foi dos países árabes, que se recusaram a aceitar até mesmo a possibilidade de criação de um Estado judaico na Palestina. Se recusaram e partiram para a guerra.

Os representantes do povo judeu, por sua vez, partiram para a unilateralidade e buscaram o apoio norte-americano, fundamental para que o objetivo político de criar, de fato, o Estado de Israel, tivesse sucesso. E assim ocorreu: o governo norte-americano, ao arrepio mesmo da Nações Unidas e de toda a discussão em andamento, reconheceu o Estado de Israel e, praticamente, o viabilizou com a possibilidade de aquisição de armas e todo o tipo de ajuda que permitiu aos israelenses fazer frente à coligação árabe e sustentar sua existência.

Desde então assistimos a várias fases nas relações entre árabes e judeus, ora mais conflitivas, ora menos conflitivas, mas quase sempre conflitivas. Esse tem sido o padrão regional no Oriente Médio, sendo a questão palestina um dos pontos nevrálgicos para qualquer solução pacífica na região.

Já o discurso do presidente dos Estados Unidos é um indicativo claro de que os norte-americanos não estão abertos a uma solução justa para a questão palestina. Obama já anunciou que mesmo que a iniciativa de inclusão plena da Palestina como membro das Nações Unidas seja aprovada na Assembleia Geral, os Estados Unidos irão vetar a inclusão no Conselho de Segurança. Ou seja, mais uma vez o processo de paz ficará prejudicado pelo empenho norte-americano em contemplar o seu mais fiel aliado em todo o Oriente Médio, Israel.



*Professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) e Pesquisador do CNPq. E-mail: piopenna@gmail.com

Confira as provas de Sociologia (P2) do Terceiro Bimestre

AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA – P2

SOCIOLOGIA – PRIMEIRO ANO

1. (Udesc) A estrutura tradicional da família brasileira vem sendo bastante alterada nas últimas décadas. E, dentre as transformações ocorridas, uma das mais importantes diz respeito ao papel da mulher, quer em casa, quer no mercado de trabalho. Em diversas situações é ela hoje quem exerce um papel destacado na estrutura, orientação e sustento do grupo familiar. Quais as razões que permitem compreender o lugar ocupado pela mulher na sociedade brasileira contemporânea?

2. (UNIOESTE) ASSINALE o item que melhor completa a frase “Os dois conceitos sociológicos: família e parentesco, ajudam no desenvolvimento sociológico ao

a) desvelarem a forma, a intensidade e finalidade da reprodução sexual da humanidade, pela qual a humanidade se perpetua.”

b) provocarem a constatação de que estão na origem das classes sociais, por meio do nascimento dos indivíduos.”

c) serem o local do amor e outras tantas e importantes relações afetivo-emocionais experimentadas pela sociedade.”

d) possibilitarem a compreensão da organização social apenas nas sociedades de menor densidade.”

e) tornarem compreensíveis as relações de afinidade e consanguinidade experimentadas pelos membros de um determinado grupo.”

3. (CNDL) Os trechos oferecem definições sobre o papel que as escolas exercem no processo de socialização de seus alunos.

I. A escola representa uma realidade, que para os alunos, é a concretização objetiva da própria sociedade, ou seja, para a família a escola reproduz o mundo social.

II. A escola é capaz, institucionalmente de orientar e corrigir os comportamentos sociais sob sua guarda dando um padrão ao que o indivíduo pode fazer. Para tanto, a escola é dotada de uma autoridade moral, conferida pela força da lei e de seu quadro burocrático, especializado que a compõe.

III. Para alcançar seus objetivos, a escola precisa tornar-se um espaço de “ações produtivas”, provocando desafios nos alunos, combatendo a passividade mental dos alunos, estimulando o exercício da cidadania e de valores fundamentais para a formação da pessoa humana.

Assinale a afirmativa que contenha a assertiva CORRETA.

A) Apenas I está certa;

B) Apenas I e II estão certas;

C) Apenas II e III estão certas;

D) Apenas III está certa;

E) Todas estão certas.

4. (PITÁGORAS) Leia a música dos Titãs.

FAMÍLIA

Família, família

Papai, mamãe, titia

Família, família

Almoça junto todo dia,

Nunca perde essa mania.

Mas quando a filha quer fugir de casa

Precisa descolar um ganha-pão

Filha de família se não casa

Papai, mamãe não dão nenhum tostão,

Família ê, Família a Família [...]

Família, família

Vovô, vovó, sobrinha,

Família, família

Janta junto todo dia

Nunca perde essa mania

Mas quando o nenê fica doente

Procura uma farmácia de plantão

O choro do nenê é estridente

Assim não dá pra ver televisão. [...]

Os Titãs, em sua canção, ironizam algumas atitudes típicas da família, destaque-as e apresente as críticas que eles promovem com essa ironia.

5. (PITÁGORAS) APRESENTE o contraste entre a família do século passado e a família atual. EXPLIQUE como isso influencia diretamente no jeito de ser da escola.

6. (PITÁGORAS) CITE algumas situações do cotidiano em que há direta ou indiretamente, a influência da religião na vida das pessoas.

7. (CNDL) ANALISE as afirmações a respeito da influência da mídia nas relações políticas.

I. A mídia é o principal instrumento de contato entre a elite política e o cidadão comum.

II. A mídia transforma os discursos dos políticos em discursos midiáticos, ou seja, em espetáculo para as massas.

III. A mídia produz a agenda pública, ou seja, dá visibilidade para aquilo que o telespectador julga mais relevante.

IV. A mídia busca fatos políticos que permitam a gestão da visibilidade, mantendo níveis altos de audiência.

Assinale a afirmativa que contenha a assertiva CORRETA

A) Apenas II está certa;

B) Apenas I e II estão certas;

C) Apenas I, II e III estão certas;

D) Apenas I, II e IV estão certas;

E) Todas estão certas.

8. (PITÁGORAS) Nos dias de hoje, estariam os meios de comunicação substituindo predominantemente as religiões no processo de influência direta aos indivíduos? APRESENTE argumentos contrários ou favoráveis à essa ideia.

9. (CNDL) EXPLIQUE de que maneira os meios de comunicação exercem poder sobre a nossa identidade.

10. (UEL) Analise a figura a seguir.

Com base na fotografia e nos conhecimentos sobre as transformações sociais ocorridas nos países ocidentais a partir da década de 1950, é correto afirmar:

a) Os meios de comunicação de massa, como a televisão, reforçaram a convivência e o lazer dos diferentes grupos sociais nos espaços públicos.

b) O modelo da família nuclear ocidental clássica, o casal casado com filhos, fortaleceu-se com a revolução provocada pela introdução da tecnologia doméstica, que determinou uma convivência harmoniosa entre os seus membros.

c) A aquisição de eletrodomésticos, até mesmo pelas famílias mais pobres, reforçou a dominação masculina sobre a mulher no espaço doméstico, tornando-a um apêndice do marido e da casa.

d) O espaço doméstico e, conseqüentemente, a sociabilidade familiar foram alterados em razão da introdução dos aparelhos eletroeletrônicos nos lares, tais como televisão e geladeira.

e) A cultura consumista e individualista associada à introdução de aparelhos tecnológicos domésticos foram determinantes para a estabilização das relações entre os sexos e gerações.


SOCIOLOGIA – SEGUNDO ANO

(PITÁGORAS) Leia o texto a seguir e responda ao que é proposto.

A Constituição de 1934 consagra o princípio da soberania popular segundo o qual “todo poder emana do povo e em seu nome será exercido”. A Constituinte de 1988 preferiu declara que “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

1. EXPLIQUE a diferença entre os termos Constituição e Constituinte.

2. COMPARE os enunciados das Constituições de 1934 e 1988 acima. Qual o significado da mudança do texto?

3. (PITÁGORAS) DESCREVA a diferença entre democracia direta, representativa e participativa.

4. (PITÁGORAS) O plebiscito é distinto das eleições convencionais. Nele é pedido aos cidadãos que se posicionem acerca de questões práticas e objetivas – como foi o caso do

plebiscito acerca da proibição do comércio de armas de fogo no Brasil – ocorrido no ano de 2005.


Urna_eletrônica

Fonte: www.wikipedia.org

Assinale a afirmativa que APRESENTA o tipo de regime político em que a consulta à população através de plebiscitos é realizada mais constantemente.

A) Democracia direta.

B) Democracia representativa.

C) Democracia total.

D) Democracia deliberativa.

E) Ditadura popular.

5. (PITÁGORAS) Segundo Rousseau, uma verdadeira democracia jamais existiu, nem existirá, pois demanda muitas condições difíceis de serem reunidas. A primeira delas seria um Estado muito pequeno, onde fosse fácil reunir o povo e onde cada cidadão pudesse facilmente conhecer todos os demais; em segundo lugar, uma grande simplicidade de costumes, de tal modo que evitasse a multiplicação dos problemas e as discussões mais difíceis. Seria necessária, também, uma igualdade de condições e fortunas, ainda segundo Rousseau, para quem, se existisse um povo de deuses, seria governado democraticamente.

COMENTE a afirmação acima a partir das definições de democracia.

6. (CNDL) Diversos pensadores procuravam construir concepções sobre o Estado.

Leia com atenção os textos I, II e III. Eles estão relacionados com as diferentes definições apresentadas pelos escritores clássicos a respeito do Estado.

Texto I

O Estado é menos um órgão executivo, que age, do que deliberativo, “o Estado é um órgão especial encarregado de elaborar certas representações que valem para a coletividade”.

Texto II

[...] o Estado é o instrumento na qual uma classe domina e explora outra classe. O Estado seria necessário a proteger a propriedade e adotaria qualquer política de interesse da burguesia, seria o comitê executivo da burguesia. [...] O poder político é meramente o poder organizado de uma classe para oprimir a outra.

Texto III

[...] embora o Estado detenha “o monopólio da força legítima”, implica também não só a força mas também a sua legitimação, que vai desde a forma de designação dos seus órgãos até à resolução mínima dos problemas que lhe são socialmente colocados. O Estado é um aparelho que exerce o poder e a autoridade. [...]. Uma empresa com caráter de instituição política denominamos Estado, quando e na medida em que seu quadro administrativo reivindica com êxito o monopólio legitimo da coação física para realizar as ordens vigentes.”

Os textos se referem, respectivamente, ao pensamento dos teóricos

a) Thomas Hobbes – Jacques Bossuet – Maquiavel

b) Emilé Durkheim, - Karl Marx – Max Weber

c) Jean-Jacques Rousseau – Montesquieu – Friedich Engel

d) Karl Marx – Max Weber – Emilé Durkheim

e) Norberto Bobbio – Karl Marx – Max Weber

7. (PITÁGORAS) Leia o fragmento a seguir.

“Muito usado, sobretudo por autores estrangeiros escrevendo sobre o Brasil, desde o trabalho pioneiro de Benno Galjart […], o conceito de clientelismo foi sempre empregado de maneira frouxa. De modo geral, indica um tipo de relação entre atores políticos que envolve concessão de benefícios públicos, na forma de empregos, vantagens fiscais, isenções, em troca de apoio político, sobretudo na forma de voto”.

José Murilo de Carvalho, Mandonismo, coronelismo e clientelismo: uma discussão conceitual.

Entendido como uma relação que envolve troca, tal qual em uma relação entre fornecedor e cliente, o clientelismo seria para alguns um traço distintivo da cultura política brasileira. Em contraste com uma sociedade mais amadurecida em cultura democrática, surgiria a relação marcada por uma noção substantiva de _____________.

Assinale a alternativa que COMPLETA a frase.

A) direitos

B) coronelismo

C) mandonismo

D) assistencialismo solidário

E) mercado

8. (PITÁGORAS) O aumento da participação política por via dos movimentos sociais, assim como o adensamento das redes institucionais de integração da sociedade civil nas políticas públicas, vai realizando na contemporaneidade os princípios da _______________.

A) democracia participativa.

B) modernidade democrática.

C) política fiscal austera.

D) democracia representativa.

E) cooptação elitista.

9. (PITÁGORAS) CITE alguns exemplos de participação popular no poder político.

10. (PITÁGORAS) Qual a concepção de Estado para Durkheim, Marx e Weber.

SOCIOLOGIA – TERCEIRO ANO

1. (PITÁGORAS) Leia o texto abaixo, de autoria do sociólogo Antônio Sérgio Guimarães, e assinale a alternativa que o sintetiza de forma mais apropriada.

[…] As reformas educacionais do período militar visaram, sobretudo, a ampliar o sistema educacional como um todo, universalizar o ensino primário e médio e, por meio da instituição de exames vestibulares unificados, classificatórios e objetivos (provas de múltipla escolha), assegurar que o ingresso às universidades se daria unicamente pelo desempenho nas provas. O ensino público universitário manteve-se gratuito, embora a ampliação do ensino superior passasse a depender, principalmente, da criação de universidades privadas e pagas. Já em meados dos anos de 1970, as conseqüências dessas escolhas faziam-se sentir: a proliferação de cursinhos particulares pré-vestibulares, a ampliação da rede privada de ensino primário e médio, a transferência dos filhos das classes médias para essas escolas. O acesso às melhores universidades passou, portanto, a associar-se com o ensino médio particular e pago, e não mais com o ensino público. Isso significou também associar o ingresso a essas universidades a rendas familiares mais altas e a cor de pele mais clara. Boa parte da população universitária na rede particular, aquela de menor desempenho, veio principalmente de escolas médias públicas, onde estudavam os de menor renda e os de cor.

Fracassaram politicamente todos os esforços de tornar pago, para as famílias de renda alta, o ensino superior público, o que daria alguma margem a programas de inclusão social baseados em bolsas de estudo ou em isenções de taxas, que conservariam a legitimidade e o mérito dos exames vestibulares. Ao contrário, o ingresso em universidades [...] como a Universidade de São Paulo, passou a depender cada vez mais de formação em escolas pagas. Em 2006, por exemplo, apenas 27% dos alunos que ingressaram na USP vieram de escolas públicas. Com isso acentuou-se a rigidez da reprodução social das elites, voltando-se a associar classe, cor e oportunidades públicas de ascensão a níveis próximos, ao menos relativamente, aos da Primeira República. [...]”

Retirado de “Depois da democracia racial”, de Antonio Sérgio Guimarães, artigo publicado na revista Tempo Social, volume 18, número 2 (2006).

Segundo o autor:

a) As políticas autoritárias e particularistas do período militar acirraram as tensões raciais no âmbito da cultura;

b) As políticas educacionais de caráter universalista empregadas durante o regime militar, ao invés de aumentarem a inclusão social, fortaleceram a relação entre classe e cor de pele.

c) As políticas particularistas empregadas pelo Estado brasileiro tem sido bem-sucedidas na formação de uma avançada democracia racial;

d) As políticas de fundamento democrático não tem encontrado continuidade no Brasil, tal como pode ser percebido pelo retrocesso das condições sociais após a ditadura militar;

e) As políticas educacionais particularistas apresentam problemas claros no Brasil, o que pode ser ilustrado pela exclusão universitária dos alunos da rede pública ocasionada pela adoção do vestibular.

2. (PITÁGORAS) Analise a crítica de Gilberto Freyre ao racismo científico, no fragmento abaixo.

Foi se formando durante a segunda metade do século XIX a ideia de que o Brasil seria um país incompatível com o progresso. O seu principal problema, para muitos, era a nossa condição racial. O racismo tomava as suas cores mais fortes, carimbando a interdição e impossibilidade de o Brasil tornar-se uma nação livre e próspera para todos. Foi com a preocupação de “melhorar” a nação brasileira que no início do século XX o Brasil recebeu ondas migratórias da Europa. Tentavam branquear a nação.

Quando o racismo era lugar comum mesmo entre intelectuais, Gilberto Freyre escreve Casa Grande & Senzala. Este livro teve um impacto profundo em nossa cultura. Uma das razões desse impacto pode ser lido no texto que segue.

“De modo geral, em toda parte onde vingou a agricultura, dominou no Brasil escravocrata o latifúndio, sistema que viria privar a população colonial do suprimento equilibrado e constante de alimentação sadia e fresca. Muito da inferioridade física de brasileiro, em geral atribuída toda à raça, ou vaga e muçulmanamente ao clima, deriva-se do mau aproveitamento dos nossos recursos naturais de nutrição. Os quais, sem serem dos mais ricos, teriam dado para um regime alimentar mais variado e sadio que o seguido pelos primeiros colonos e por seus descendentes, dentro da organização latifundiária e escravocrata”.

Tendo em vista o texto lido, assinale a alternativa que melhor completa a seguinte frase:

Em Casa Grande & Senzala, Gilberto Freyre atribui os males do Brasil não à raça, mas à _____________, que seria uma das consequências do sistema de ____________.

a) Nutrição – capitalista.

b) Maldade – confrarias.

c) Condições climáticas – exploração dos trópicos.

d) Desnutrição – latifúndio.

e) Falta de acesso a medicamentos e cuidados médicos em geral – escravismo.

3. (CNDL) Leia e reflita acerca da notícia a seguir, publicada no dia 10 de setembro de 2011.

Candidatas negras ao Miss Universo sofrem racismo em site nacionalista

Um site internacional que se define nacionalista branco e possui adeptos do ditador nazista Adolf Hitler voltou a fazer ataques racistas e preconceituosos a mulheres na internet. Agora, o alvo dessa comunidade, que usa a web para reunir grupos de intolerância, são as candidatas ao Miss Universo. [...]

No fórum de discussão "Miss Universo 2011" da comunidade brasileira do Stormfront.org, foram postadas fotos das concorrentes e links sobre elas com ofensas racistas às negras, afrodescendentes e mestiças. Também há insultos às europeias, colocando em xeque o "grau de pureza" racial das garotas, levando-se em conta a opção religiosa delas. Há outros questionamentos se elas são realmente brancas pelo fato de algumas não terem olhos azuis e cabelos loiros. [..]

Fonte: G1

Considerando o tema, EXPLIQUE a forma mais apropriada de se combater o racismo no mundo atual.

4. (PITÁGORAS) Analise a tabela a seguir.

Taxas de Desemprego por Sexo segundo Raça
Brasil - Regiões Metropolitanas 1998 (em %)

Regiões Metropolitanas

Negros

Não-negros

Diferença entre as taxas

Mulheres

Homens

Mulheres

Homens

Mulheres negras e mulheres não-negras

Homens negros e homens não-negros

São Paulo

25,0

20,9

19,2

13,8

19,6%

51,4%

Salvador

27,6

24,0

20,3

15,2

36,0%

57,9%

Recife

26,3

20,5

22,6

16,2

16,4%

26,6%

Distrito Federal

22,4

18,9

21,0

14,2

6,7%

33,1%

Belo Horizonte

20,5

15,8

16,8

11,5

22,0%

37,4%

Porto Alegre

22,7

19,2

18,1

13,1

25,4%

46,6%

Fonte: DIEESE/SEADE e entidades regionais. PED - Pesquisa de Emprego e Desemprego
Elaboração: DIEESE

Considerando as taxas de desemprego conforme grupos raciais e sexo, IDENTIFIQUE dois fatores sociais que explicam as razões para o homem branco e a mulher negra constituírem grupos em condições opostas no mercado de trabalho.

5. (PITÁGORAS) Historicamente, a sociedade brasileira foi sempre vista como fortemente miscigenada. Diferente de países como Estados Unidos e África do Sul, o racismo no Brasil não teria chegado a cindir a sociedade radicalmente. Reflita acerca da sua cidade e de seu contexto mais próximo indicando a medida com que existe ou não racismo.

Para ajudá-lo(a) em seu texto, reflita sobre as seguintes questões: brancos e negros costumam frequentar os mesmo lugares? Quais seriam os impedimentos para que frequentem os mesmos lugares? Todos têm acesso às mesmas carreiras profissionais? E o seu alcance educacional, é similar?

6. (FUVEST) "Como se fosse uma hidra, a desigualdade racial [no Brasil] recupera-se a cada golpe que sofre. Onde os interesses e os liames das classes sociais poderiam unir as pessoas ou os grupos de pessoas, fora e acima das diferenças de raça , ela divide e opõe, condenando o negro a um ostracismo invisível e destruindo, pela base, a consolidação da ordem social competitiva como democracia racial."

(Florestan Fernandes, "A integração do negro na sociedade de classes".)

Com base nesse texto, comente a tese do autor sobre a questão da democracia racial no Brasil.

7. (UEMA) Costumo dizer que nenhuma nação passa impunemente por quase quatro séculos de escravidão. E se o modo de produção escravista perdurou no Brasil até o final do século XIX, não há possibilidade de as marcas se apagarem com facilidade. As marcas materiais e as simbólicas. As duas imbricadas. A cultura da Casa Grande sobrevive solidamente na sociedade brasileira, por menos que o queiramos. O preconceito e a discriminação contra os negros são heranças presentes da escravidão. Claro que temos avançado. Há hoje um forte movimento negro no País. Há mais consciência da sociedade brasileira contra o racismo. Mas, ainda temos uma longa estrada pela frente.

Carta Capital. Seção: Diálogos. Disponível em:. Acesso em: 08 maio 2008.

Indique a alternativa que interpreta corretamente o texto acima.

a) A situação do(a) negro(a) no Brasil mudou radicalmente na atualidade pois não existe mais o racismo.

b) As relações raciais no Brasil são fruto da situação histórica de formação desigual dessa sociedade.

c) A desigualdade entre as classes sociais no Brasil se sobrepõe às diferenças raciais, pois o país é racionalmente democrático.

d) A sociedade brasileira é exemplo de democracia racial, pois no Brasil o racismo é combatido.

e) O movimento negro propõe a superação da desigualdade social em detrimento da igualdade racial.

8. (UFPEL)

Texto 1:

"Durante a Idade Média europeia, as estratégias matrimoniais organizavam e sustentavam as relações sociais. O casamento era antes de tudo um pacto entre famílias. Nesse ato, a mulher era ao mesmo tempo doada e recebida, como um ser passivo. Sua principal virtude, dentro e fora do casamento, deveria ser a obediência, a submissão. Solteira, era identificada sempre como filha de, soror de. Casada, passava a ser personificada como uxor de. Filha, irmã, esposa: os homens deviam ser sua referência."

MACEDO, José Rivair. "A mulher na Idade Média". 5 ed. São Paulo: Contexto, 2002. [adapt.].

Texto 2 :

"O que as revistas femininas aconselhavam às leitoras: [...] - A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas, nada de incomodá-lo com serviços domésticos. (Jornal das Moças, 1959). - Se o seu marido fuma, não arrume brigas pelo simples fato de cair cinzas no tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda a casa.

(Jornal das Moças, 1957). - O lugar de mulher é no lar, o trabalho fora de casa masculiniza. (Querida, 1955). [...]."

In: COTRIM, Gilberto. "História e consciência do Brasil", 7 ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

Com base na leitura comparativa dos textos, constata-se que

a) o patriarcalismo medieval europeu influenciou, durante muito tempo, a cultura brasileira, tendo em comum a valorização da submissão feminina.

b) a ideologia patriarcal da Europa renascentista foi absorvida, sem alterações, pela sociedade brasileira na Ditadura Militar.

c) o Direito Romano, desde a Antigüidade, submeteu a mulher à uma inferioridade legal, que vigora na atual legislação brasileira.

d) as mulheres não possuíam direitos civis, tanto na Europa, na Idade Moderna, quanto no Brasil, na segunda metade do século XX.

e) o papel feminino está subordinado, nas duas conjunturas históricas, coisificando a mulher, contudo não existe a discriminação de gênero na sociedade brasileira atual.

9. (UEL) "Sobre a cera dos corpos femininos, o século XXI vai imprimindo suas primeiras marcas. Produto social, produto cultural e histórico, nossa sociedade os fragmentou e recompôs, regulando seus usos, normas e funções. Nos últimos anos, a mulher brasileira viveu diversas transformações físicas. Viu ser introduzida a higiene corporal que, alimentada pela revolução microbiológica, transformou-se numa radicalização compulsiva e ansiosa. [...]. O corpo feminino passou também por uma revolução silenciosa nas últimas três décadas. A pílula anticoncepcional permitiu-lhe fazer do sexo não mais uma questão moral, mas de bem-estar e prazer. A mulher tornou-se, assim, mais exigente em relação ao seu parceiro, vivendo uma sexualidade mais ativa e prolongada. Entre ambos, surgiram normas e práticas mais igualitárias. A corrente da igualdade não varreu, contudo, a dissimetria profunda entre homens e mulheres na atividade sexual. Quando da realização do ato físico, desejo e excitação física continuam percebidos como domínio e espaço de responsabilidade masculina".

(DEL PRIORE, Mary. "Corpo a Corpo com a mulher". São Paulo: SENAC, 2000. p. 9 -11.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o corpo feminino e as relações entre gêneros, é correto afirmar:

a) A sexualidade ativa e prolongada vivenciada pelas mulheres brasileiras está isenta de discriminações e de preconceitos por parte da sociedade.

b) No século XXI, o discurso sobre o corpo feminino distanciou-se de suas transformações físicas que foram fomentadas pela revolução microbiológica.

c) No que se refere à atividade sexual entre os gêneros, as práticas tornaram-se igualitárias, rompendo com as dissimetrias entre homens e mulheres.

d) Com o uso dos contraceptivos, a gravidez passou a ser uma questão de opção, possibilitando à mulher experienciar a sexualidade como fonte de bem-estar e prazer.

e) A revolução silenciosa do corpo feminino decorrente do uso dos contraceptivos levou a mulher a conceber o sexo a partir de uma perspectiva moralista.

10. (Unicamp) Na Europa, os manuais de comportamento, numerosos ao longo de todo o século XIX, inventam um novo modo de vida exclusivamente privado. O papel principal cabe à senhora do lar, encarregada das refeições, visitas, recepções. A vida privada é o refúgio onde os homens descansam do trabalho e do mundo exterior. É preciso que, como uma fada, a mulher faça surgir a perfeição, ocultando os esforços empregados para obtê-la. Quando tem criados em número suficiente, dedica-se à correspondência, ao piano, aos trabalhos finos.

(Adaptado de Anne Martin-Fugier, in: "História da Vida Privada 4", São Paulo, Companhia das Letras, 1991, p. 199-201.)

a) Segundo o texto, quais as atividades da esfera feminina?

b) Caracterize a oposição, presente no texto, entre esfera pública e esfera privada.