Correção da avaliação de Sociologia (Segunda Série - Segundo bimestre 2014)
1. (CNDL) “Não é a tecnologia que
atende às necessidade, como os meios de comunicação de massa geralmente nos
fazem crer, e, sim, as necessidades é que são criadas para atender à crescente
produção e à elaboração cada vez mais diversificada dos bens de consumo.”
EXPLIQUE esta afirmação.
RESPOSTA:
Para adquirir um bem,
precisamos achar realmente importante possuí-lo. Nesse processo, a formação da
opinião pública realizada pelos meios de comunicação, comandados por um número
pequeno de pessoas que decidem o que vamos escolher, possuir e usar, colabora
de forma vital para a criação de necessidades de uso de novos produtos. Esse
processo de formação de opinião ocorre quando a opinião – que cada um possui
como coisa exclusiva e genuína – é induzida, ou influenciada, pelos jornais, TV
e outras formas de comunicação de massa.
2. (CNDL) IDENTIFIQUE qual é a
finalidade da produção ideológica da ilusão social.
resposta da questão 2:
A produção ideológica da ilusão
social tem como finalidade fazer com que todas as classes sociais aceitem as
condições em que vivem, julgando-as naturais, normais, corretas, justas, sem
pretender transforma-las ou conhece-las realmente, sem levar em conta que há
uma contradição profunda entre as condições reais em que vivemos e as ideias.
3. Observe a imagem a seguir
(CNDL) Com base na imagem e em
seus conhecimentos. DEFINA o que é
sociedade de consumo e o papel desempenhado pela propaganda nos dias atuais.
4. (CNDL) Estabeleça a relação
entre a Escola de Frankfurt e a expressão indústria cultural
5. (CNDL) Observe a charge a
seguir.
Disponível:http://framos.wordpress.com/2008/03/06
De acordo com a charge, quais são
os novos mecanismos de dominação de um país sobre o outro?
6. (G1) “A indústria cultural não
cessa de lograr seus consumidores quanto àquilo que está continuamente a lhes
prometer. A promissória sobre o prazer, emitida pelo enredo e pela encenação, é
prorrogada indefinidamente: maldosamente, a promessa a que afinal se reduz o
espetáculo significa que jamais chegaremos à coisa mesma, que o convidado deve
se contentar com a leitura do cardápio. [...] Cada espetáculo da indústria
cultural vem mais uma vez aplicar e demonstrar de maneira inequívoca a renúncia
permanente que a civilização impõe às pessoas. Oferecer-lhes algo e ao mesmo
tempo privá-las disso é a mesma coisa”.
(ADORNO, Theodor; HORKHEIMER,
Max. Dialética do esclarecimento. Trad. de Guido Antônio de Almeida. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 130-132.)
Com base no texto e nos
conhecimentos sobre indústria cultural em Adorno e Horkheimer, é correto
afirmar:
a) A indústria cultural limita-se
a atender aos desejos que surgem espontaneamente da massa de consumidores,
satisfazendo as aspirações conscientes de indivíduos autônomos e livres que
escolhem o que querem.
b) A indústria cultural tem um
desempenho pouco expressivo na produção dos desejos e necessidades dos indivíduos,
mas ela é eficiente no sentido de que traz a satisfação destes desejos e
necessidades.
c) A indústria cultural planeja
seus produtos determinando o que os consumidores desejam de acordo com
critérios mercadológicos. Para atingir seus objetivos comerciais, ela cria o
desejo, mas, ao mesmo tempo, o indivíduo é privado do acesso ao prazer e à
satisfação prometidos.
d) O entretenimento que veículos
como o rádio, o cinema e as revistas proporcionam ao público não pode ser
entendido como forma de exploração dos bens culturais, já que a cultura está
situada fora desses canais.
e) A produção em série de bens
culturais padronizados permite que a obra de arte preserve a sua capacidade de
ser o suporte de manifestação e realização do desejo: a cada nova cópia, a
crítica se renova.
7. (G1) A chamada Escola de
Frankfurt marcou a Filosofia da primeira metade do século XX, tendo como
temática chave a(o):
a) desestruturação das ideias
herdadas do materialismo histórico.
b) crítica da indústria cultural
e do capitalismo.
c) reestruturação do socialismo
francês do século XIX.
d) dilema entre a ética e as
políticas públicas liberais.
e) crítica da razão em moldes
pós-estruturalistas.
8. (UFU) A ideia de alienação,
segundo Marx, refere-se
I – à identidade entre os
produtores e seus produtos.
II – à separação entre o
trabalhador e o produto de seu trabalho, devido à divisão social do trabalho, e
à propriedade privada dos meios de produção.
III- à separação do Estado como
um poder autônomo, imparcial, acima da coletividade e que a domina.
IV- ao fato de o trabalhador não
se reconhecer no produto da sua atividade.
a) I, III e IV estão corretas.
b) I, II e III estão corretas.
c) II, III e IV estão corretas.
d) II e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão
corretas.
9. (UFPA/2007) – Tendo em vista as análises de Karl Marx e
Friedrich Engels sobre o conceito de ideologia, é possível afirmar:
a) O conjunto de ideias da classe
dominante é, em todas as épocas, o dominante. E quando uma nova classe passa a
dominar, ela apresenta o seu interesse como o interesse de todos os membros da
sociedade.
b) Um dos aparelhos ideológicos
que reproduzem valores etnocêntricos das classes sociais dominadas é a
educação. E quando a educação formal visa à educação política, há possibilidades
de desenvolvimento que não se restrinja ao crescimento econômico.
c) A ideologia é determinante do
modo de ser, pensar e agir de uma sociedade e possibilita a extinção das
particularidades culturais por meio da relativização e da coligação, entre si,
dos membros da classe política para se constituírem em grupo homogêneo e
solidário.
d) A ideologia é uma noção
universalmente desejada, pois propõe a neutralidade nas análises do processo de
acumulação capitalista em escala global, e é um meio de escolher
democraticamente as pessoas encarregadas de tomar decisões.
e) Das legitimações básicas do
domínio, a liderança para o bem-estar para todos é aquela em que há autoridade
pelo dom da graça. Essa liderança consiste na ideia de que a menor intervenção
do poder público permite que as forças do livre mercado proporcionem o
desenvolvimento e a intensificação das contradições sociais.
10. (Unesp 2013) Uma obra de arte pode denominar-se
revolucionária se, em virtude da transformação estética, representar, no destino
exemplar dos indivíduos, a predominante ausência de liberdade, rompendo assim
com a realidade social mistificada e petrificada e abrindo os horizontes da
libertação. Esta tese implica que a literatura não é revolucionária por ser
escrita para a classe trabalhadora ou para a “revolução”. O potencial político
da arte baseia-se apenas na sua própria dimensão estética. A sua relação com a
práxis (ação política) é inexoravelmente indireta e frustrante. Quanto mais
imediatamente política for a obra de arte, mais reduzidos são seus objetivos de
transcendência e mudança. Nesse sentido, pode haver mais potencial subversivo
na poesia de Baudelaire e Rimbaud que nas peças didáticas de Brecht.
(Herbert Marcuse. A
dimensão estética, s/d.)
Segundo o filósofo, a dimensão
estética da obra de arte caracteriza-se por
a) apresentar conteúdos
ideológicos de caráter conservador da ordem burguesa.
b) comprometer-se com as
necessidades de entretenimento dos consumidores culturais.
c) estabelecer uma relação de
independência frente à conjuntura política imediata.
d) subordinar-se aos imperativos
políticos e materiais de transformação da sociedade.
e) contemplar as aspirações políticas das populações economicamente excluídas.
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