
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Confira o filme "Olhar estrangeiro"
"Olhar estrangeiro" é
um filme sobre os clichês e as fantasias que se avolumam pelo mundo afora sobre
o Brasil. Baseado no livro "O Brasil dos gringos", de Tunico Amâncio,
o documentário mostra a visão que o cinema mundial tem do país. Filmado na
França (Lyon e Paris), Suécia (Estocolmo) e EUA (Nova York e Los Angeles), o
filme, através de entrevistas com os diretores, roteiristas e atores, desvenda
os mecanismos que produzem esses clichês. É um documentário que segue a mesma
tradição de "A Negação do Brasil", "Um dia sem Mexicanos", "Filmes
Ruins, Árabes Malvados" e "Europa e Grécia: Do Esquecimento à
adoração racista" mostrando como a mídia trabalha/constrói a imagem de um
grupo cultural/religioso/político e transborda todos os cantos de clichês e
estereótipos negativos.

A Inglaterra e a União Europeia
A Inglaterra e a União Europeia
Pio Penna Filho

O primeiro
ministro britânico, David Cameron, anunciou que se for reconduzido ao cargo
fará um plebiscito para consultar a população britânica sobre a conveniência do
país permanecer ou não na União Europeia. Foi um pronunciamento para lá de
polêmico, que irritou alguns britânicos e, mais ainda, outras lideranças europeias.
Em tempos de crise na Europa, revive-se
um antigo sentimento britânico de que manter-se um pouco distante do continente
faz muito bem para a economia e para a política britânica. Pelo menos esse foi
o padrão histórico do relacionamento entre os britânicos e os europeus
continentais.
A Inglaterra, historicamente,
se beneficiou de sua ambiguidade de ser ao mesmo tempo europeia e universal. O
seu caráter insular lhe garantia o devido distanciamento e proteção natural, reforçada
por uma poderosa marinha de guerra, contra os tumultos políticos muito
recorrentes na história da Europa desde pelo menos o início da idade moderna
até o final da Segunda Guerra Mundial.
Não foi por
acaso que a adesão da Inglaterra à Comunidade Europeia tenha demorado alguns
anos para acontecer desde que foi criado o Mercado Comum Europeu. Sua não
adesão ao Euro é outro sintoma do sentimento mais nacionalista dos ingleses que,
usualmente, são muito pragmáticos e olham com certa desconfiança para os
arranjos políticos do continente.
Hoje, num
cenário de crise econômica e com a sua economia bastante atrelada ao continente,
algumas lideranças políticas inglesas veem com desconfiança as decisões
econômicas tomadas no âmbito da União Europeia. O sentimento dessas lideranças
é que os compromissos comunitários limitam a capacidade de autonomia do governo
britânico, impedindo-o de ações setoriais que eventualmente possam promover uma
recuperação econômica mais rápida.
A reação ao
pronunciamento de Cameron foi intensa na Europa. O ministro das relações
exteriores da França chegou a ironizar dizendo que, por ele, se deveria
estender um tapete vermelho para a retirada da Inglaterra. Já o premiê italiano
demonstrou irritação com a posição de Cameron, considerando-a mesmo contrária
ao sentimento da maior parte dos britânicos.
De fato, a
situação política na Europa ficou um tanto comprometida após a persistente
crise econômica iniciada em 2008. O brutal estrangulamento das economias da
Grécia, de Portugal e a situação crítica da Espanha, em termos sociais e
econômicos, está produzindo muita tensão entre algumas lideranças e setores
sociais organizados, que reclamam da condução quase draconiana da política
monetária exercida pela Alemanha e secundada pela França, as duas mais
importantes economias continentais.
Talvez um dos
grandes paradoxos do início dessa discussão na Inglaterra seja o fato de que, no
outro extremo, existem vários países batalhando pela entrada na União Europeia,
apesar da crise. De toda forma, mesmo sendo muito difícil prever o que poderá
acontecer num eventual plebiscito britânico, a sua ideia, por si só, já é um
indicativo de que as coisas não vão muito bem no velho mundo.
__________________
Professor do Instituto de
Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) e Pesquisador do CNPq.
E-mail: piopenna@gmail.com
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Filme Heleno de Freitas
Assista ao filme Heleno de Freitas
O jogador de futebol Heleno de
Freitas (Rodrigo Santoro) era considerado o príncipe do Rio de Janeiro dos anos
40, numa época em que a cidade era um cenário de sonhos e promessas. Sendo ao
mesmo tempo um gênio explosivo e apaixonado nos campos de futebol, além de galã
charmoso nos salões da sociedade carioca, tinha certeza de que seria o maior
jogador brasileiro de todos os tempos. Mas seu comportamento arredio, sua
indisciplina, a guerra mundial da época e a doença (sífilis) foram minando o
que poderia ser uma grande jornada de glória, transformando-a numa trágica
história. Baseado no livro "Nunca Houve um Homem como Heleno", de
Marcos Eduardo Novaes.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
A França no Mali
A França no Mali
Pio Penna Filho

A recente intervenção francesa no
Mali, que está tendo grande repercussão internacional, envolve também outros
estados europeus que estão lhe dando apoio político e logístico. Mas o que quer
a França no Mali? Por que os franceses estão se metendo numa nova guerra longe
de casa? Seriam os rebeldes do Mali, de fato, uma ameaça para a segurança da
Europa como afirmou a chanceler alemã Angela Merkel? O objetivo desse artigo é
justamente tentar entender e discutir um pouco essas questões.
Incapaz de controlar e impor a
ordem no país, o governo do Mali foi buscar apoio externo para conter o avanço
dos insurgentes vindos do norte. Vale lembrar que o país passou por um golpe
militar em 2012, fragilizando ainda mais a precária estrutura governamental.
Outro agravante que colocou ainda
mais combustível na fogueira política do país foi o retorno de mercenários
vindos da Líbia após a queda de Muammar Khadafi. Grande parte deles acabou se
juntando aos grupos rebeldes que atuam no norte do Mali, com o detalhe que
retornaram bem armados e municiados com as sobras da campanha na Líbia.
Mas o que despertou mais a
atenção internacional para o país foi a presença crescente de militantes
islâmicos radicais atuando na região. Dentre eles se destacam o Ansar Dine e o
Movimento pela Unidade e Jihad no Oeste da África (Mujao).
Com esses grupos estabilizados e
controlando a maior parte do território do país e sem nenhuma perspectiva de
vitória das forças governamentais, foi aí que a França colocou sua máquina de
guerra para funcionar.
Uma parte da explicação para a
intervenção francesa no Mali é que a França, como ex-potência colonial, mesmo
após o processo de descolonização continuou mantendo a maior parte das suas
ex-colônias como zonas de influência. Ou seja, os franceses não abandonaram a
África e mantiveram uma política muito ativa para a maior parte das ex-colônias,
inclusive mantendo bases militares em diversos países e interferindo
regularmente nos assuntos internos desses países.
Além disso, existem também os
interesses materiais. A exploração dos recursos naturais de algumas das antigas
colônias permaneceu sendo uma atividade quase que exclusiva de empresas
francesas, como a mineração de urânio e outros minerais estratégicos.
Mas o grande problema do Mali e
de tantos outros países africanos reside na pobreza generalizada e na falta de
um poder público que alcance a população. Não é à toa que as revoltas surgem na
periferia dos Estados, justamente nas áreas mais abandonadas. Enquanto o
problema da inclusão social não for enfrentado, as esperanças são poucas. Não
há solução estritamente militar para essa questão.
É difícil acreditar que o Mali
seja uma ameaça para o futuro da Europa, mesmo que controlado por islamitas
radicais. Se esse for o caso, é de se prever que a guerra contra os muçulmanos
fundamentalistas não irá acabar tão cedo. Estão aí o Paquistão, o Afeganistão e
a Somália para provarem essa assertiva.
__________________
Professor do Instituto de
Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) e Pesquisador do
CNPq. E-mail: piopenna@gmail.com
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Cientistas do Brasil: Roberto da Matta
Saiba mais sobre o trabalho do antropólogo Roberto da Matta
O antropólogo que ficou conhecido
por investigar o Brasil por meio do carnaval, das paradas militares, das
procissões, do futebol, da comida, da mulher, da morte, e do jogo do bicho.

O bem amado
Confira o filme O bem amado
Baseado na obra homônima de Dias
Gomes, O Bem Amado conta a história do prefeito Odorico Paraguaçu, que tem como
meta prioritária em sua administração na cidade de Sucupira, a inauguração de
um cemitério. De um lado é apoiado pelas irmãs Cajazeiras. Do outro, tem que
lutar contra a forte oposição liderada por Vladmir, dono do jornaleco da
cidade. Por falta de defunto, o prefeito nunca consegue realizar sua meta. Nem
mesmo a chegada de Ernesto - um moribundo que não morre - e a contratação de
Zeca Diabo, um cangaceiro matador, lhe proporcionam a realização do sonho.
Odorico arma situações para que alguém morra, mas o primeiro corpo a ser
sepultado em Sucupira será o do próprio prefeito, que de caçador se torna caça
e passa de vilão à mártir.

domingo, 13 de janeiro de 2013
sábado, 12 de janeiro de 2013
2 filhos de Francisco
2 Filhos de Francisco - A
História de Zezé di Camargo e Luciano é um filme brasileiro lançado em 2005, do
gênero drama, dirigido por Breno Silveira e baseado na vida dos músicos Zezé Di
Camargo & Luciano.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Edgar Morin
Confira a entrevista de Edgar Morin no Roda Viva da TV Cultura
Um dos principais expoentes do
pensamento mundial, Edgar Morin defende que o sistema de educação não produz
apenas conhecimento e elucidação. Produz também ignorância e cegueira. A
educação dominante troca o todo pela parte, separa os objetos do conhecimento
de seu contexto, fragmentando o mundo, fracionando os problemas e impedindo as
pessoas que tenham uma compreensão melhor da realidade. São ideias do filósofo,
sociólogo, antropólogo e historiador francês, entrevistado pelo programa Roda
Viva em 2000. Nascido em Paris, onde cresceu e estudou e construiu uma rica
carreira acadêmica. Em sua obra, que ultrapassa de meia centena de livros,
Edgar Morin insiste que a reforma do pensamento é uma necessidade-chave da
sociedade. É a reforma do pensamento que permitiria o pleno emprego da
inteligência, de forma que os cidadãos possam realmente entender e enfrentar os
problemas contemporâneos. É a ideia de um pensamento não-fragmentado. A ideia
de que o homem, ao analisar a vida e o mundo, perceba tudo o que está a sua
volta e assim construa um entendimento melhor e mais abrangente a respeito dos
problemas da humanidade.

Pense nisso

Vivemos no mundo do irreal onde
tudo o que vemos é somente uma sombra imperfeita de uma realidade mais perfeita
[Platão]
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Cine Sociologia: Hotel Ruanda
Assista ao filme Hotel Ruanda
Em 1994 um conflito político em
Ruanda levou à morte de quase um milhão de pessoas em apenas cem dias. Sem
apoio dos demais países, os ruandenses tiveram que buscar saídas em seu próprio
cotidiano para sobreviver. Uma delas foi oferecida por Paul Rusesabagina (Don
Cheadle), que era gerente do hotel Milles Collines, localizado na capital do
país. Contando apenas com sua coragem, Paul abrigou no hotel mais de 1200
pessoas durante o conflito.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Germinal
Confira o filme Germinal, baseado na obra homônima de Emile Zola
O filme retrata o processo de
gestação e maturação de movimentos grevistas e de uma atitude mais ofensiva por
parte dos trabalhadores das minas de carvão do século 19 na França em relação à
exploração de seus patrões. Baseado na obra de Emile Zola, o filme é um das
mais belas adaptações literárias da história do cinema.

Garotas do ABC (2004), Carlos Reichenbach
Confira o filme Garotas do ABC
Filme brasileiro de 2003, dirigido
por Carlos Reichenbach.
Em São Bernardo, cidade do ABC
paulista, região de fábricas têxteis e metalúrgicas, um grupo de operárias vive
seu cotidiano de intenso trabalho, sonhos e ilusões. A principal delas, Aurélia,
é fã do ator Arnold Schwarzeneger e adora homens fortes e musculosos. Seus
problemas começam quando ela se apaixona por Fábio, um musculoso neonazista que
integra uma gangue que vive praticando atentados contra negros e nordestinos. Entre
as demais personagens femininas, algumas se destacam: a operária Paula Nélson, que
é assediada por um líder sindical, ao mesmo tempo em que tenta manter a
harmonia entre as meninas da fábrica; Antuérpia, que aos 38 anos tenta iniciar-se
na profissão de tecelã; e a casta Suzana, apaixonada pelo patrão. Ela parece
sentir prazer com os pequenos acidentes de trabalho que sofre e deixam marcas
em seu corpo, além de garantir um bom dinheiro a título de indenização. Entre
os protagonistas masculinos o mais desprezível é Salesiano de Carvalho, o líder
dos neonazistas e mentor intelectual da série de atentados que eles praticam
contra nordestinos e negros.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Para refletir
"O que se faz agora com as
crianças é o que elas farão depois com a sociedade."
(Karl Mannheim)

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