Entre a luxúria e o pudor – Paulo
Sérgio do Carmo
Para compreender a história de nosso país não podemos ignorar a vida sexual de seus habitantes ao longo do tempo. No Brasil, particularmente nas décadas de 1920 e 1930, aflora a importância da dimensão sexual nos discursos históricos e sociológicos de Paulo Prado em Retrato do Brasil e de Gilberto Freyre em Casa Grande e Senzala. Tais autores empreendem uma interpretação metódica da identidade brasileira dentro da realidade tropical.
Temos, ao
longo da história sexual dos brasileiros, aparentes contradições como a
importância da manutenção da virgindade imposta às mulheres e, por outro lado,
a extrema liberdade masculina manifestada na frequência aos bordéis e zonas de
meretrício.
Os reflexos da
revolução sexual em finais dos anos 1960, com as comunidades baseadas no “amor
livre”, tem seus vestígios nas décadas seguintes no Brasil. País de clima
quente, paraíso tropical, Carnaval. As imagens alegres que expressam licenciosidade,
sensualidade e extroversão correspondem à realidade ou trata-se de um mito
fabricado?
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