Massacre em Gaza
Pio Penna Filho*
Pio Penna Filho*
A violência no Oriente Médio prossegue. Não bastasse a guerra civil na Síria, que já matou mais de 40 mil pessoas, Israel e os palestinos retomaram o clima de violência com um intenso fogo cruzado de mísseis e bombardeamentos aéreos e navais entre a Faixa de Gaza e o território israelense. O mundo volta a assistir a um conflito que parece não ter fim e poucos ainda acreditam que o recém anunciado cessar fogo seja, de fato, duradouro e efetivo.
É difícil dar razão a um ou a outro lado da contenda. Os palestinos do Hamas insistem em não aceitar a realidade da existência do Estado de Israel, de fato e de direito; e Israel insiste em não facilitar o encaminhamento político da questão palestina, ao não admitir os avanços na consolidação de um Estado palestino soberano.
A guerra, porém, é assustadoramente desigual. Enquanto os palestinos lançam mísseis primitivos em direção a Israel, os israelenses utilizam o que há de mais moderno do seu vasto arsenal destrutivo. O resultado é a enorme disparidade numérica entre os mortos e os feridos de ambos os lados, sem contar o potencial de destruição de uma infraestrutura precaríssima como é a dos palestinos.
Os palestinos do Hamas erram ao lançar mão da violência como instrumento político. Eles sabem que não dispõem de recursos suficientes para fazer frente a Israel e tem plena consciência de que Israel não deixa por menos atos de agressão. É como cutucar o leão com vara curta. O resultado é a irracionalidade e a intolerância, que sempre atinge mais a população civil, dos dois lados.
O Estado de Israel, por sua vez, não admite deixar sem resposta qualquer ato de agressão. Acaba respondendo com violência e sempre de forma desproporcional, inclusive sem se importar muito com a condenação internacional pelos exageros dos seus atos de revide.
Ademais, à parte o fato de ser um Estado bem estruturado e desenvolvido, Israel conta politicamente com o seu aliado mais importante: os Estados Unidos. É justamente essa aliança que lhe permite manter o padrão de dominação nos territórios palestinos, mesmo ao arrepio da comunidade internacional. Exemplo disso é o pouco caso que os israelenses fazem das diversas condenações proferidas pelas Nações Unidas pelas políticas opressoras praticadas contra os palestinos ao longo de décadas e que, afinal, sustentam um ódio permanente contra Israel.
É preciso considerar também que o radicalismo de algumas lideranças palestinas não ajuda em nada. Portanto, é insuficiente apontar o dedo e acusar Israel por todos os males da região e único causador do conflito. Infelizmente, há intolerâncias e radicalismos nos dois lados.
Não há solução para a guerra entre israelenses e palestinos que não passe pela criação de um Estado palestino que seja economicamente viável e tenha a sua soberania respeitada. Aliás, essa era a ideia inicial da Organização das Nações Unidas, que durante as discussões iniciais para a partilha da Palestina contemplava a criação de dois Estados, um para os judeus, e outro para os palestinos. A partilha ficou incompleta e o resultado está aí.
É difícil dar razão a um ou a outro lado da contenda. Os palestinos do Hamas insistem em não aceitar a realidade da existência do Estado de Israel, de fato e de direito; e Israel insiste em não facilitar o encaminhamento político da questão palestina, ao não admitir os avanços na consolidação de um Estado palestino soberano.
A guerra, porém, é assustadoramente desigual. Enquanto os palestinos lançam mísseis primitivos em direção a Israel, os israelenses utilizam o que há de mais moderno do seu vasto arsenal destrutivo. O resultado é a enorme disparidade numérica entre os mortos e os feridos de ambos os lados, sem contar o potencial de destruição de uma infraestrutura precaríssima como é a dos palestinos.
Os palestinos do Hamas erram ao lançar mão da violência como instrumento político. Eles sabem que não dispõem de recursos suficientes para fazer frente a Israel e tem plena consciência de que Israel não deixa por menos atos de agressão. É como cutucar o leão com vara curta. O resultado é a irracionalidade e a intolerância, que sempre atinge mais a população civil, dos dois lados.
O Estado de Israel, por sua vez, não admite deixar sem resposta qualquer ato de agressão. Acaba respondendo com violência e sempre de forma desproporcional, inclusive sem se importar muito com a condenação internacional pelos exageros dos seus atos de revide.
Ademais, à parte o fato de ser um Estado bem estruturado e desenvolvido, Israel conta politicamente com o seu aliado mais importante: os Estados Unidos. É justamente essa aliança que lhe permite manter o padrão de dominação nos territórios palestinos, mesmo ao arrepio da comunidade internacional. Exemplo disso é o pouco caso que os israelenses fazem das diversas condenações proferidas pelas Nações Unidas pelas políticas opressoras praticadas contra os palestinos ao longo de décadas e que, afinal, sustentam um ódio permanente contra Israel.
É preciso considerar também que o radicalismo de algumas lideranças palestinas não ajuda em nada. Portanto, é insuficiente apontar o dedo e acusar Israel por todos os males da região e único causador do conflito. Infelizmente, há intolerâncias e radicalismos nos dois lados.
Não há solução para a guerra entre israelenses e palestinos que não passe pela criação de um Estado palestino que seja economicamente viável e tenha a sua soberania respeitada. Aliás, essa era a ideia inicial da Organização das Nações Unidas, que durante as discussões iniciais para a partilha da Palestina contemplava a criação de dois Estados, um para os judeus, e outro para os palestinos. A partilha ficou incompleta e o resultado está aí.
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