quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Escola Adalgisa de Barros
Primeiro Ano do Ensino Médio
História - Terceiro Bimestre
Capítulo 14
Roma: das origens à República

Os etruscos eram um dos povos que habitavam a península Itálica desde tempos remotos. Foram eles que ao unificar várias aldeias, fundaram a cidade de Roma. Neste capítulo estudaremos, além da influência etrusca na formação de Roma, a história da monarquia e da república romanas.

1. As origens de Roma
Originalmente, a península itálica era ocupada por povos autóctones: lígures ao norte, sículos ao sul. Por volta do segundo milênio a.C., povos indo-europeus vindos da Ásia central instalaram-se em diversos pontos da península.
A partir do primeiro milênio a.C., os etruscos - povo de origem desconhecida - se fixaram na margem direita do rio Tibre.

Por volta do século VII a.C. existiam várias vilas latinas independentes umas das outras na região do Lácio. Provavelmente nessa época os etruscos invadiram o Lácio e, impondo seus costumes, unificaram todos os vilarejos em torno de uma única e grande cidade: Roma.

A Sociedade romana
Com a chegada dos etruscos, Roma deixou de ser um povoado de pastores, agricultores e comerciantes e se transformou em uma cidade fortificada, com sólidas relações comerciais com outras regiões. Os etruscos ensinaram a população local a pavimentar estradas, drenar pântanos, construir pontes e redes de esgoto.
Vários aspectos da religião etrusca foram incorporados à sociedade romana em formação. Houve ainda, adaptação do alfabetos etruscos e grego, originando o alfabeto latino, que usamos até hoje.

A socieade romana era composta majoritariamente por indivíduos livres - divididos entre patrícios, clientes e plebeus - e uma parcela menor de escravos.
Os patrícios compunham o grupo detentor de maior poder, em geral, eram grandes proprietários de terras que acreditavam ser descendentes dos fundadores da cidade.
Os plebeus eram um grupo composto por comerciantes, artesãos e pequenos proprietários. Não possuíam direitos políticos.
Os clientes eram agregados aos patrícios, recebiam deles proteçao e terras para cultivar; em troca, deviam-lhes respeito e devotamento pessoal.
Já os escravos eram prisioneiros de guerras ou plebeus endividados.
2. Nos tempos da monarquia

Após ter sido unificada, Roma passou a ser governada por um rei pertencente ao grupo do patrícios. Seus poderes eram quase absolutos, para auxiliá-lo, havia o Senado, composto apenas pelos patrícios.

Havia também a Assembleia Curiata, composta por representantes das famílias livres de Roma.

A monarquia romana não era hereditária, os senadores escolhiam o substituto do rei e a Assembleia Curiata aprova ou rejeitava a indicação.

Em 509 a.C., no governo de Tarquínio, o Soberbo, os patrícios se rebelaram e com o apoio dos plebeus expulsaram os etruscos do Lácio e implantaram a República romana.


3. A República e sua estrutura

Estava apoiada em uma complexa estrutura político-administrativa formada por três grandes áreas: a Magistratura; o Senado; e as Assembleias.

Os magistrados exerciam o poder executivo. Os mais importantes deles eram os dois cônsules, eleitos anualmente para cuidar das principais questões administrativas e do comando do exército.

O Senado concentrava a maior parte do poder do Estado. Os senadores tinham cargo vitalício, faziam as leis e tomavam as decisões mais importantes.

Havia também as Assembleias, as mais importantes eram a Tribal, que elegia alguns magistrados, e a Centuriata que elegia os cônsules e decidia sobre a guerra e a paz.

Durante essa época, Roma passou por um processo de expansão territorial e aparelhamento de sua força militar. Assim, por meio de sucessivas guerras de conquista, a República romana dominou toda a península itálica. Conquista a "velha bota", Roma deu início à sua expansão externa.

A ascensão da plebe

Para as pessoas ricas, a expansão territorial romana significou mais riqueza e prestígio - com ela cresceu muito o número de escravos; para os mais pobres, essa expansão não trouxe vantagens. Pelo contrário, contribuiu para aumentar as desigualdades entre patrícios e plebeus. Isso gerou várias revoltas plebeias.

Passaram a exigir em assembleias diversas mudanças na política e na sociedade romana, como a criação de cargos de magistrados para defesa de seus interesses, os chamados Tribunos da Plebe (493 a.C.).

Também conquistaram o fim da escravidão por dívidas, o direito de casamento com os patrícios e a elaboração de um código de leis.

A helenização de Roma

Com a expansão territorial, os romanos entraram em contato com diversos povos e culturas, exercendo influência sobre os territórios conquistados e também sendo influenciados pelas culturas estrangeiras. O povo que mais influenciou os romanos foram os gregos. A religião romana foi enriquecida com práticas e deuses gregos. Esse processo de helenização foi tão intenso que muitas famílias romanas decidiram adotar sobrenomes gregos.

4. As Guerras Púnicas


Consistiram numa série de três guerras que opuseram a República Romana e a República de Cartago, cidade-estado fenícia, no período entre 264 a.C. e 146 a.C.. Ao fim das Guerras Púnicas, Cartago foi totalmente destruída.As Guerras Púnicas tiveram como causa a rivalidade entre Roma e Cartago, pela hegemonia econômica, política e militar no mar Mediterrâneo ocidental, importante meio de transporte de mercadorias naquela época.


Consequências das guerras púnicas
Roma passou a dominar todo o comércio do Mediterrâneo Ocidental e a partir daí iniciou suas conquistas territoriais com as quais dominou todo o Mediterrâneo e grande parte da Europa.
Com o crescimento do comércio, surgiu uma nova classe social denominada homens novos/ cavalheiros/ comerciantes (plebeus e patrícios então falidos).
Surgiu em Roma um grave problema social, pois as conquistas aumentaram muito o número de escravos, o que gerou um grande desemprego na plebe.

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